segunda-feira, 18 de março de 2013

Campanha para diagnóstico de hanseníase inicia nesta segunda (18)

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Começou nesta segunda-feira (18) a campanha do Ministério da Saúde de prevenção de hanseníase e verminoses em 9,2 milhões de estudantes da rede pública. Até sexta-feira (22), alunos de escolas localizadas em 800 municípios, com alta carga da doença, serão avaliados para diagnóstico precoce das duas doenças. A campanha foi lançada oficialmente nesta segunda-feira, em Recife (PE), pelo secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
Com o slogan “Hanseníase e Verminoses têm cura. É hora de prevenir e tratar”, a campanha tem como objetivo aumentar o diagnóstico precoce, além de identificar comunidades em que as duas doenças ainda persistem.
Durante toda esta semana, agentes comunitários de saúde e profissionais da Estratégia de Saúde da Família e das Unidades Básicas, visitarão as escolas em busca de alunos que apresentem sinais e sintomas das doenças. Os casos suspeitos serão encaminhados à rede básica de saúde para confirmação e início imediato do tratamento.
Na solenidade de lançamento da campanha, o secretário de Vigilância em Saúde destacou a importância do diagnóstico e tratamento. “A hanseníase tem cura e, quando a pessoa começa o tratamento, a transmissão é interrompida quase que imediatamente”, alerta Jarbas Barbosa.
O secretário ressaltou que a doença é rara em crianças, mas quando ela é portadora é porque alguém na família ou na comunidade possui hanseníase. “Nosso objetivo é duplo: detectar o caso, tratando a criança, e também descobrir outros casos na comunidade que possam estar perpetuando a doença”, explicou Barbosa.
A campanha também pretende reduzir a carga das verminoses (parasitas intestinais conhecidos como lombrigas, que causam anemia, dor abdominal e diarreia). Estes parasitas podem prejudicar o desenvolvimento e o rendimento escolar da criança. O tratamento, em dose única, será realizado por profissionais de saúde nas unidades básicas, após consulta para autorização de pais ou responsáveis. Esta ação também prevê a distribuição de 10 milhões de cartilhas para orientação dos professores e estudantes, com esclarecimentos gerais sobre as doenças.
Com relação à hanseníase, o diagnóstico será realizado com a ajuda dos professores, pais ou responsáveis. Os professores irão distribuir aos alunos formulário com perguntas sobre sinais e sintomas da doença, a ocorrência de algum caso na família e um desenho do corpo humano para identificação do local de alguma mancha. Os formulários, que deverão preenchidos com a ajuda dos pais ou responsáveis, serão enviados às secretarias municipais de Saúde, que ficarão responsáveis pelo encaminhamento dos alunos, com manchas sugestivas de hanseníase, às unidades básicas de saúde. Com a confirmação da doença, o estudante receberá tratamento gratuito. A previsão de cura é de 12 meses após o início do tratamento.
Prevalência – O Brasil vem avançando para eliminar a hanseníase como problema de saúde pública. Um exemplo deste esforço é a melhoria progressiva de todos os indicadores. Levantamento inédito do Ministério da Saúde aponta redução de 61,4% no coeficiente de prevalência (pacientes em tratamento) entre 2001 e 2011, passando de 3,99 por 10 mil habitantes para 1,54. No mesmo período, o número de serviços com pacientes em tratamento de hanseníase cresceu 142%, de 3.895 unidades, em 2001, para 9.445, em 2011.
O levantamento também mostra redução de 25,9% nos casos novos entre 2001 e 2011, que passaram de 45.874 para 33.955, respectivamente. Apesar dos resultados, existem sete estados que apresentaram, em 2011, coeficiente de prevalência acima de três casos por 10 mil habitantes (MT, TO, MA, PA, RO, GO, MS). A média nacional é de 1,54/10 mil, o que é bem próxima da meta estabelecida pelo Plano de Eliminação da Hanseníase (menos de um caso para cada grupo de 10 mil, até 2015).
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza medicamentos gratuitamente para o tratamento e treina os profissionais de saúde para o atendimento. A hanseníase é transmitida de pessoa para pessoa por quem tem contato muito próximo e prolongado com o doente, dentro do núcleo familiar ou da comunidade em que vive. Geralmente, não é transmitida dentro de um ônibus ou num local público. A hanseníase tem cura, mas pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio. O tratamento é gratuito e eficaz, com duração média de seis meses a um ano.

Saúde na Escola: Pais devem ouvir filhos na hora da escolha do tipo de óculos

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Foto: Tetra Images/Corbis
Ao contrário do que podem pensar os adultos, criança e óculos pode ser uma boa dupla. Elas se adaptam rapidamente ao equipamento, até porque enxergam melhor. O oftalmologista Marco Rey Faria, presidente do Conselho Federal de Oftalmologia (CBO), diz que os mais preocupados são os pais, que temem a rejeição dos filhos aos óculos, além de serem vítimas de piadas entre os colegas de escola.
Faria explica que quando a criança tem uma deficiência e passa a ver tudo nítido, ela não querer tirá-los. “Um certo desconforto pode ocorrer nos primeiros dias. É normal. Depois da adaptação, algumas crianças não querem tirar nem para tomar banho”, afirma o oftalmologista. Enzo Matheus, de 9 anos, até dorme com os seus. Portador de quatro graus de hipermetropia no olho esquerdo e dois graus de miopia no olho direito, o garoto usa óculos desde 2011. Hoje, no sétimo ano, participa das aulas sem nenhum problema.
Apesar da pouca idade, ele cuida muito bem dos óculos. A mãe dele, Sueli Bastos Mendes, conta que o menino lava os óculos todos os dias e o enxuga com um pano especial, seguindo as recomendações do médico. “Cuidadoso, os guarda em uma caixinha. As lentes são especiais: elas não arranham. Assim, eu fico despreocupada, pois tenho certeza de que ele pode brincar a vontade, sem danificar os óculos”, conta Sueli, que trabalha na Secretária de Vigilância a em saúde (SVS).
Segundo o presidente do CBO, não há uma idade mínima para o uso de lentes corretivas, mas o mais comum é a indicação de óculos a partir dos dois anos, caso seja um problema de refração grave. Ele explica que a maioria dos distúrbios como miopia, hipermetropia e astigmatismo são descobertos na idade escolar, quando há necessidade de maior nível de leitura. Sueli, por exemplo, levava Enzo ao oftalmologista, mas a hipermetropia só foi diagnosticada quando o garoto tinha sete anos.
Com o distúrbio diagnosticado, Faria aconselha consultas oftalmológicas anuais para observar possíveis variações de graus. E da uma dica importante: “Os pais devem orientar na hora da escolha da armação, específica para cada tipo de refração. Porém, a criança deve ser ouvida também. Afinal, é ela que irá usar os óculos”, afirma Faria.
Olhar Brasil - A estratégia do Programa Saúde na Escola (PSE) para 2013 tem duas vertentes: controle da obesidade e detecção precoce de distúrbios refrativos de visão em crianças em idade escolar. Após as avaliações feitas durante semana, as visitas dos profissionais de saúde permanecem ao longo do ano letivo para acompanhamento.
A assistência oftalmológica infantil faz parte do Projeto Olhar Brasil, desenvolvido pelos ministérios da Saúde e da Educação, em parceria com instituições como o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). O objetivo é o de oferecer tratamento oftalmológico integral, ampliar a capacidade instalada de atendimento no País, além de reajustar valores de procedimentos na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). O Olhar Brasil prevê a ampliação do atendimento de jovens e adultos matriculados na rede pública e inseridos nos programas Saúde na Escola (PSE) e Brasil Alfabetizado (PBA).
Fonte: Maria Vitória/ Comunicação Interna do Ministério da Saúde