segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

VIVENDO E APRENDENDO - Pouco sono, pouca memória

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Noites mal dormidas não causam apenas olheiras. O sono tem, entre outras finalidades, a capacidade de proporcionar um funcionamento eficaz para o cérebro. Para explicar como isso funciona, o Dr. Ronaldo Maciel Dias, neurologista do Hospital Santa Luzia, compara o cérebro a um computador. “Ele consome bastante energia e necessita ser desligado e reiniciado para sedimentar as informações e os conhecimentos adquiridos”, explica.
Um estudo norte-americano afirma que idosos têm perda de memória com os distúrbios do sono. De acordo com os pesquisadores, há a suspeita de que anormalidades da estrutura do sono exerçam papel central em doenças neurodegenerativas.
“Está definitivamente comprovado que os indivíduos que têm uma boa qualidade do sono apresentam melhor desempenho das funções cerebrais”, comenta o Dr. Ronaldo.
As ondas cerebrais lentas geradas durante o sono profundo exercem a função de transportar memória do hipocampo, região onde são armazenadas as memórias de curto prazo, para o córtex pré-frontal, responsável por armazenar memórias de longo prazo.
Com o passar dos anos, a memória fica debilitada por diversos motivos, que vão além do processo natural do envelhecimento. Entre os fatores que podem contribuir para a perda de memória estão: baixa instrução; pouca atividade intelectual; sono precário; doenças cardiovasculares; sedentarismo; e alimentação desequilibrada.
A média ideal de sono em um adulto é de 6 a 8 horas, porém, crianças e adolescentes necessitam de um período maior. Já os idosos precisam de menos horas para atingir um sono reparador, que é o sono profundo responsável pelo armazenamento das memórias no córtex pré-frontal.
“A mensagem que o estudo passa é que uma higiene do sono correta é mais uma maneira de prevenir declínio das funções cognitivas”, conclui o neurologista.

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