quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

FIQUE SABENDO - Tratamento para Síndrome de Transfusão Feto-Fetal começa a ser realizado na IFF/Fiocruz

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Tratamento para Síndrome de Transfusão Feto-Fetal começa a ser realizado na IFF/Fiocruz:

A ablação a laser das anastomoses vasculares evita que um dos fetos (chamado de receptor) receba sangue desviado do outro feto (doador). | Foto: Agência Fiocruz de Notícia
Referência na atenção materno-fetal de alta complexidade, o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, inicia uma nova proposta de tratamento da Síndrome de Transfusão Feto-Fetal (STFF): a coagulação a laser por fetoscopia das anastomoses vasculares. A fetoscopia se caracteriza por ser uma intervenção pouco invasiva sobre a gravidez, usualmente associada a ultrassonografia.
Durante o procedimento, que tem duração média de meia hora, é efetuada a identificação (via fetoscopia) dos vasos sanguíneos que são responsáveis pela STFF e promovida a coagulação dos mesmos, impedindo o maior desequilíbrio na circulação de ambos os fetos. “A ablação a laser das anastomoses vasculares evita que um dos fetos (chamado de receptor) receba sangue desviado do outro feto (doador). Para se ter uma ideia da gravidade dessa condição, caso nenhum tratamento seja realizado, a taxa de mortalidade pode chegar a 85% em ambos os fetos”, alerta o especialista do Departamento de Medicina Fetal do IFF, Paulo Nassar.
A iniciativa é fruto de uma parceria firmada com os professores da Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Renato Sá e Eduardo Fonseca. “O Instituto Nacional de Saúde Fernandes Figueira é um centro de referência para tratamento de risco fetal, esse procedimento veio para complementar os trabalhos já prestados, de forma que seja ampliada a assistência nas complicações fetais, principalmente, as gemelares”, esclarece Renato Sá.
Entenda a doença - A STFF é rara e está presente em gestações gemelares monocoriônicas/diamnióticas, que têm uma única placenta para nutrir dois fetos em bolsas amnióticas distintas. Segundo Paulo Nassar, a chance de sobrevida de ambos os bebês pode chegar a 65% se o diagnóstico for precoce e o tratamento realizado no início da doença.
Além da STFF, a fetoscopia também é indicada para outras complicações da gravidez gemelar e de um único feto, como patologias urinárias, malformações pulmonares, entre outras. “Nesse primeiro momento, o instituto vai trabalhar apenas com o tratamento da STFF, embasado em estudos que demonstram que a fetoscopia é a ação mais indicada no tratamento da Síndrome de Transfusão Feto Fetal”, explica o chefe da Obstetrícia do IFF, Fernando Maia. O médico ressalta que há previsão de ampliação do método, “Estamos empenhados no futuro em expandir essa assistência para outros casos de gravidez de risco, tendo em vista, o vasto potencial de utilidade do procedimento”, conclui o profissional.
O serviço - Ambulatório de Medicina Fetal faz exames de confirmação diagnóstica de malformações fetais e de acompanhamento deste quadro.
Atendimentos:
  • Consultas de primeira vez: o agendamento é realizado pela rede do sistema Sisreg (SUS), através da unidade de saúde em que realiza o pré-natal.
  • O agendamento da consulta de primeira vez no Ambulatório de Medicina Fetal funciona de 8h às 16h, e com o encaminhamento médico do pré-natal de origem.
  • Se for confirmado o diagnóstico de malformação fetal, a gestante será avaliada quanto aos critérios de admissão no pré-natal do IFF.
Fonte: Aline Câmera e Suely Amarante / Agência Fiocruz de Notícias

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