quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Como o leitor se torna leitor?

 http://programajornaleeducacao.blogspot.com/
Como o leitor se torna leitor?: Como o leitor se torna leitor? é o título da dissertação de Mestrado em Linguística Aplicada, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), de autoria de Ilda Souza (2000), sob orientação do professor Dr. Renilson José Menegassi, que traz  excelentes reflexões teóricas, juntamente com uma pesquisa de campo realizada com alunos de escolas privadas e públicas, na faixa etária de quinze a vinte anos, a fim de verificar como sujeitos-leitores assíduos e autônomos criam o hábito de ler e o gosto pela leitura.
Os resultados demonstraram que 1) “o nível de escolaridade dos pais, em si, não é fator decisivo na formação do leitor,  nem a quantidade de livros e revistas que possuem. Mas, o hábito de ler e de discutir sobre as leituras em casa antecipam, nos sujeitos, a formação do gosto pela leitura e do hábito de ler”; 2) “professores leitores exercem grande influência na formação de leitores” e 3) “o meio social, ou seja, a relação com amigos, determinante, quando a família e a escola não cumpre o seu papel”. “Estes resultados levaram a concluir que só os leitores são capazes de formar leitores”.

A formação do gosto pela leitura e do hábito da leitura, entre outros fatores, acontece a partir das leituras e discussões feitas em casa com os familiares
A pesquisadora aponta às seguintes sugestões para que as escolas aumentem o número de leitores assíduos e autônomos:
1)      Em primeiro lugar, para formar leitores é preciso dar condições para que os professores sejam leitores. Embora isto não dê para ser resolvido completa e uniformemente no âmbito da escola pública, é preciso ser lembrado;
2)      A escola deve promover sessões de estudo e facilitar a participação de todos os professores, a fim de que leiam os Parâmetros Curriculares Nacionais, bem como a bibliografia utilizada na sua elaboração;
3)      Elaborar projetos de leitura que envolvam todas as disciplinas do currículo;
4)      Valorizar a biblioteca como espaço pedagógico imprescindível para a construção do conhecimento científico e estético;
5)      Instrumentalizar o aluno para leitura dos textos que são veiculados na sala de aula, dos mais simples aos mais complexos;
6)      Variar a tipologia textual, para que o aluno possa ter a oportunidade de descobrir qual tipo de leitura que lhe é mais agradável e para ampliar seu quadro de referência textual e seu imaginário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário