quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Como abrir as portas da escola para o Ideb

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Como abrir as portas da escola para o Ideb: "

A esta altura do campeonato, muita gente já sabe, ou pelo menos já ouviu falar, de Prova Brasil e Índice de De-senvolvimento da Educação Básica (Ideb). Os sistemas de avaliação que medem o desempenho dos alunos e, por tabela, das escolas começaram a ser implantados há mais de 15 anos e já se pode dizer com segurança que estão consolidados. O que todo mundo quer agora é ver esses indicadores melhorando. Os avanços são perceptíveis, principalmente nas séries iniciais, mas a velocidade ainda está abaixo do que seria necessário e não há uma evolução consistente em todas as séries e em todo o país.



Diante desse quadro, há um consenso de que o próximo passo é fazer com que as escolas incorporem os resultados ao seu planejamento, aos seus objetivos pedagógicos e ao trabalho em sala de aula. Para entender como isso é importante, é preciso, primeiro, saber que as escolas possuem um grau elevado de autonomia - e devem continuar assim, ainda que se corrija uma ou outra distorção. Também é essencial levar em conta a proximidade única entre a escola e a comunidade que ela atende.



Por mais que desejemos resumir tudo em relações simples de causa e efeito, a maioria das coisas que nos cercam no mundo de hoje é complexa; a maioria dos problemas, influenciada por grande variedade de fatores. A qualidade da educação é igualmente complexa (afetada, por exemplo, pela estrutura familiar de cada aluno). Na escola, mal ou bem, por ali se reunir um número limitado de alunos num espaço também limitado, essa complexidade pode ser um pouco mais bem monitorada e administrada. O esforço, portanto, deve ser para levar para dentro da escola o Ideb, o índice que hoje melhor resume a situação do ensino no país. E mais: fazer com que ele entre pela porta da frente, acolhido como parâmetro por quem lida com os estudantes.



É natural que apareçam, nessa hora, as mais diferentes propostas. Algumas geram polêmica, como a ideia de fixar nos muros da escola placa com a nota do Ideb. Alguns Estados e municípios já estão fazendo isso e há até um projeto na Câmara dos Deputados tornando obrigatória a prática. Nesse caso, o Ideb até vai parar dentro da escola, mas pela porta dos fundos, ou goela abaixo. Melhor seria capacitar professores, diretores e pais a lidar com os números e deixar que cada comunidade crie seu jeito de melhoriar.


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Meu Filho, Você Não Merece Nada!

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Meu Filho, Você Não Merece Nada!: "
Por Eliane Brum
   Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações.
    Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.
   Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.
   Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.
   Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.
   Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.
   É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?
   Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.
   Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.
   Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.
   A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.
   Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.
   Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.
   Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.
   Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.
   O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.
   Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.
   Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significar dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.
   Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.
   Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

    Eliane Brum, Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo). Escreve às 2ª feiras.



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Texto: Desenvolvimento Infantil

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Texto: Desenvolvimento Infantil: "
                                                              
No contato cotidiano com as crianças, somos testemunhas da enorme e rápida transformação pelas quais elas passam. Muitas vezes, num intervalo de pouquíssimos dias, um bebê que mal se sustenta em pé, apoiando-se na parede ou em móveis, começa a dar seus primeiros passos. É sempre um momento emocionante para quem acompanha o processo.  Os privilegiados que assistem momentos como estes são aqueles que convivem com elas, normalmente as famílias e nós, os  profissionais da Educação Infantil.
Muito se tem falado sobre a importância dos primeiros anos de vida – a primeira infância – para o Desenvolvimento Infantil. Isto acontece porque justamente na fase de zero a seis anos é que o ser humano se desenvolve com maior rapidez e intensidade do que em todo o resto de sua vida. Nesta fase especial da existência humana, desenvolvem-se as principais condições para ampliação das possibilidades de cada ser.  Isso significa que esta etapa da vida requer atenção e cuidados para que tais , de fato, se desenvolvam constantemente (continua...).



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Texto: Desenvolvimento Infantil

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Texto: Desenvolvimento Infantil: "


Introdução

No contato cotidiano com as crianças, somos testemunhas da enorme e rápida
transformação pelas quais elas passam. Muitas vezes, num intervalo de pouquíssimos dias, um
bebê que mal se sustenta em pé, apoiando-se na parede ou
em móveis, começa a dar seus primeiros passos. É sempre um
momento emocionante para quem acompanha o processo.
Os privilegiados que assistem momentos como estes são
aqueles que convivem com elas, normalmente as famílias e
nós, os profissionais da Educação Infantil.

Muito se tem falado sobre a importância dos primeiros anos de vida – a primeira
infância – para o Desenvolvimento Infantil. Isto acontece porque justamente na fase de zero a
seis anos é que o ser humano se desenvolve com maior rapidez e intensidade do que em todo
o resto de sua vida. Nesta fase especial da existência humana, desenvolvem-se as principais
condições para ampliação das possibilidades de cada ser. Isso significa que esta etapa da vida
requer atenção e cuidados para que tais , de fato, se desenvolvam constantemente.

Por que falar de desenvolvimento infantil na Educação Infantil?

A educação infantil tem também um papel importante na formação do indivíduo,
pois é neste momento que as crianças iniciam o processo de descoberta de si, do outro e do
mundo que as cerca. Além destas descobertas, todas as outras áreas do desenvolvimento
estão ativas, como o desenvolvimento motor, da linguagem e cognitivo. A criança é um sujeito
integral e seu desenvolvimento se dá em todas as áreas, de forma interligada. Os profissionais
da educação infantil testemunham e trabalham, diariamente, com crianças durante este rico
período de desenvolvimento humano. Isso exige de nós um trabalho intencional, que articule
as ações de cuidado e educação para benefício do desenvolvimento infantil.

Portanto, nossa função educativa nos obriga a conhecê-las e estudá-las, pensando
cada vez mais nas intervenções que podemos fazer, nas interações e mediações que devemos
desenvolver e nas experiências que devemos oferecer.

O Desenvolvimento é linear?

Neste mundo tão diverso, não há como esperar que todas as crianças se
desenvolvam da mesma forma. As oportunidades que cada uma tem, as culturas em que
vivem e as interações que fazem, trazem diferentes oportunidades para a trajetória de
desenvolvimento das crianças.

Cada criança é um ser único e observar/acompanhar seu desenvolvimento é dirigir
nosso olhar para ela mesma, considerando que ela está inserida em ambientes específicos e
realizando interações específicas. Uma vez que tenham as crianças possibilidades sociais e
educativas tão diversas nos ambientes nos quais estão inseridas, observar o desenvolvimento
e o crescimento das crianças torna-se tarefa importante na Educação Infantil. Isto é, cada
criança, no seu percurso de desenvolvimento, pode apresentar diferenças em relação aos

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outros colegas da mesma faixa etária, no entanto, não seria conveniente que as comparações
fossem feitas somente com o intuito de rotular a criança. É necessário conhecermos
parâmetros que nos norteiem ao acompanhar o desenvolvimento e crescimento das crianças.
As pesquisas nas áreas da Pedagogia, Psicologia, Sociologia, Medicina e outras áreas afins,
apresentam conhecimentos importantes sobre desenvolvimento infantil para a execução do
nosso trabalho nas instituições de educação Infantil. As crianças, mesmo partindo de
possibilidades tão diferentes, apresentam comportamentos e atitudes semelhantes durante
sua trajetória desenvolvimental.

A tarefa educativa exige ação. Agir a favor
do desenvolvimento significa oferecer interações e
experiências significativas para a criança. Significa
observar a criança, compreender que ela está em
desenvolvimento, para pensar um trabalho que dê
conta das suas especificidades e que permita a elas ampliarem seu potencial.

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E quando algo não parece bem?

Em alguns casos, tememos que o desenvolvimento das crianças não esteja dentro
das nossas expectativas. Isto exige algumas reflexões, do tipo:

Quem é a criança?
Quais são as minhas expectativas para ela?
Como posso atuar para potencializar seu desenvolvimento?

Embora não possamos classificar as crianças de acordo com seu desenvolvimento,
uma vez que entendemos que ele é marcado por diferentes possibilidades, podemos e
devemos observá-lo para intervir sempre que necessário.

Nina tem 11 meses e acabou de entrar para a creche. Os educadores ficaram preocupados
ao conhecê-la porque perceberam que ela é pequena para a idade, não engatinha e age
como um bebê de 8 meses, bem diferente de outras crianças da sua idade. Alguns
pensaram em buscar ajuda para ela, outros em esperar que o desenvolvimento aconteça
naturalmente.

Esta situação nos leva a pensar sobre os pontos mencionados acima. A preocupação dos
educadores parece genuína: por que será que a Nina se comporta e está assim? Na experiência
deles, educadores, as crianças de 11 meses parecem fazer mais coisas do que a Nina, mas,
desta maneira, é preciso observá-la mais detalhadamente para que os educadores possam
oferecer interações adequadas de maneira a estimular a Nina. A comparação com as outras
crianças aqui nos ajuda a ter parâmetros e entender melhor a situação da Nina, mas não deve
dar ênfase àquilo que ela não consegue fazer em relação aos outros. Ao contrário, a ênfase
deve ser naquilo que ela já consegue fazer para que possamos traçar caminhos que facilitem e
fomentem o desenvolvimento integral da Nina. Os caminhos do desenvolvimento infantil

podem seguir de maneiras diferentes, no entanto, podemos observar coisas semelhantes
nestas trajetórias. Mantenham alertas para estas diferenças.

Partir dos conhecimentos disponíveis sobre desenvolvimento infantil e sobre a
própria Nina, nos perguntando: qual desenvolvimento ela já tem? O que ela consegue fazer?
Em que ela se interessa? A partir de questões como essas, começamos a traçar ações que
oportunizem o desenvolvimento. Trata-se de um trabalho pedagógico. Um dever dos
profissionais de Educação Infantil.

Orientações Curriculares - OCEI

Possibilitar o desenvolvimento e crescimento das crianças significa
educar e cuidar, isto é, estas ações acontecem de forma indissociável em
toda a prática educacional. Cuidar de crianças inclui atender a todas as
necessidades infantis, sejam elas físicas, emocionais, cognitivas ou
sociais. Oferecendo-lhes condições de se sentirem confortáveis em
relação ao sono, fome, sede, higiene e dor, dando a elas real
possibilidade de aprendizagem. Significa, também, acolher, garantir a
sua segurança e saúde, alimentar a curiosidade e expressividade
infantis, promovendo situações pertinentes à faixa etária atendida,
ancoradas principalmente no BRINCAR. (OCEI, 2010)

As OCEI visam ajudá-lo no trabalho com as crianças, no desenvolvimento das
possibilidades educativas.
Interações, brincadeiras, pequenos e grandes grupos, ganham maior sentido
quando entendidos como estratégias de ampliação do desenvolvimento das crianças.

 Brincadeira
É a principal atividade infantil. É por meio dela que a criança aprende e se
desenvolve. No espaço educativo tudo precisa estar ancorado nesta linguagem.
Sugerindo brincadeiras específicas e adequadas, podemos ajudar as crianças a
experenciarem diferentes situações que poderão provocar uma ampliação no
desenvolvimento de algumas habilidades.
As OCEI tem este enfoque, entendendo que o trabalho deve ser realizado de acordo
com as necessidades e especificidades das crianças.

 Pequenos e Grandes Grupos
Se apenas o grande grupo for considerado e se deixarmos em segundo plano as
individualidades, correremos o risco de oferecer apenas atividades genéricas, que atenderão,
prioritariamente, o ponto de vista do educador. Agindo desta forma, a possibilidade de

atendermos às necessidades individuais se tornará pequena, restrita. Com tantas diferenças,
qual experiência teria significado para todos? Como saberemos o que cada criança está
pensando, sentindo? Como potencializaremos sua criatividade e sua curiosidade?
Uma das formas ou uma forma bastante eficaz é diversificar e oferecer
possibilidades distintas, por meio das quais as próprias crianças possam exercitar a escolha. É
justamente nestes momentos que a criança dá grandes passos em seu desenvolvimento. E isso
começa pela autonomia em decidir o que fazer, como, quando e com quem fazer.
As atividades em grande grupo também têm seu valor. Permitem socialização mais
ampliada e ajudam a criança a lidar com regras em grupo etc, no entanto, não podem ser a
única ou a maior forma de trabalho com crianças da Educação Infantil, especialmente com as
crianças pequenas.

 Interações
As interações são pano de fundo de todas as ações do espaço educativo. Sabemos
que é na interação que as aprendizagens acontecem e que, desta forma, as crianças vão
ampliando seu desenvolvimento. Isso implica pensar não apenas nas interações das crianças
com os adultos, mas também com outras crianças e com o próprio ambiente.
As interações são fundamentais e envolvem, além da troca de informações, uma
enorme troca de afeto. A afetividade é necessária ao ser humano, essencial para o
desenvolvimento infantil. É por meio do contato, do reconhecimento do outro como sujeito,
como indivíduo diferenciado, que podemos, de fato, perceber as necessidades de cada um. É a
partir deste contato que podemos ampliar as experiências de cada criança, planejando
situações, reorganizando os ambientes, trazendo novas possibilidades à rotina das crianças.

Nicolas tem 2 anos e 3 meses e não sabe ainda manusear um livro.
Vira e revira o livro, mas não consegue folheá-lo. Uma educadora
olha preocupada e pensa que talvez ele não tenha tido contato
suficiente com este objeto. O outro educador questiona se Nicolas
tem um problema de coordenação motora. Um outro justifica
dizendo que é normal, já que a família não tem livros.

http://lindaslendas.blogspot.com/

O lidar com estas situações exige que planejemos atividades que possibilitem às
crianças vivenciar experiências de que necessitem. No caso de Nicolas, é preciso verificar qual
o acesso que ele tem aos livros. Seria prematuro afirmar que Nicolas apresenta alguma
patologia. A ação educativa, intencional, precisa definir que estratégias poderão ser utilizadas
para organizar situações que permitam a Nicolas manusear os livros e aprender, junto a seus
pares, o significado deste objeto. Este é um dos objetivos da educação: ampliar as
possibilidades de cada criança.

Áreas do Conhecimento e Linguagens
As OCEI organizam o conhecimento em áreas. Esta divisão busca facilitar o
planejamento, uma vez que entendemos que as áreas e as linguagens se misturam,
permanentemente, uma vez que se encontram interligadas. O planejamento de experiências
ajuda a guiar nosso olhar e a garantir um atendimento educacional de qualidade.

O mesmo se dá com o desenvolvimento infantil. Uma habilidade desenvolvida amplia
o desenvolvimento de outra, potencializando o desenvolvimento integral.

Por que o ASQ-3 – Ages and Stages Questionnaries ?

O ASQ foi criado por uma equipe de pediatras e nutricionistas americanos,
preocupados em disponibilizar, às famílias, uma ferramenta que as ajudasse a acompanhar o
desenvolvimento de seus filhos.
Desde a sua primeira versão, o ASQ vem cumprindo este papel. Trata-se de um
instrumento utilizado em diversos países como política pública de Saúde, visando pensar
estratégias de observação e monitoramento do desenvolvimento infantil.
A utilização da escala ASQ no trabalho desenvolvido nas creches e turmas de
Educação Infantil tem objetivos pedagógicos. O ASQ pode nos ajudar a olhar as crianças de
uma forma mais detalhada, quando associamos aqueles dados às práticas culturais, aos
ambientes e às interações realizadas.
A partir de um olhar global da instituição, podemos definir quais estratégias podem
ser traçadas para o atendimento às necessidades locais.
Este é um exercício que precisamos fazer.
Extrair informações sobre o desenvolvimento
das crianças pode nos ajudar a oferecer um trabalho que
respeite as diferenças individuais e que contemple as
diferentes necessidades da criança. Para isso, é preciso
conhecê-las, conhecer os materiais que dão suporte ao
trabalho pedagógico, como por exemplo, as OCEI.
É fundamental, também, considerar a
comunidade escolar, seu contexto, as famílias e as
práticas culturais da região.
Trabalhar em prol do desenvolvimento infantil
http://www.websoftware.com.br/auau/festa.stm
significa ampliar o olhar e trabalhar com diferentes
possibilidades, tendo a criança como foco. É acolher,
integrar e interagir. Este é o importante papel da
Educação Infantil.

É importante ressaltar que a meta é garantir a presença de experiências que
sejam importantes para a alegria, o desenvolvimento e crescimento das crianças
fortalecendo assim, a possibilidade de sucesso escolar na sua trajetória educacional. (OCEI,
2010)
































Clique na imagem para baixarClique para baixar o texto: 'Desenvolvimento Infantil'
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Convite

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Convite: "
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LEITURA PARA BEBÊS

SITE NOVA ESCOLA - FOLCLORE

O jeito certo de trabalhar o folclore | Gestão da aprendizagem | Nova Escola http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/jeito-certo-trabalhar-folclore-635351.shtml via @nova_escola

O bumba meu boi para refletir sobre folclore | Plano de Aula | Ensino Fundamental 2 | Nova Escola http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/projeto-bumba-meu-boi-refletir-folclore-635365.shtml via @nova_escola

Prefeitura oferece tratamento para servidores que desejam parar de fumar

Prefeitura oferece tratamento para servidores que desejam parar de fumar

Secretária de Educação, Claudia Costin, e presidente da MultiRio, Cleide Ramos, lançam série de TV



Mestre do tempo é mais um instrumento para professores tornarem as aulas de história e geografia mais atrativas para alunos dos 4º e 5º Anos

17/08/2011 » Autor: Fernanda Reis

A secretária Municipal de Educação, Claudia Costin, e a presidente da MultiRio, Cleide Ramos, lançaram a nova série produzida pela MultiRio, Mestre do tempo, nesta quarta-feira (dia 17), na Escola Municipal Pedro Ernesto, na Lagoa, Zona Sul da cidade. Destinada aos alunos do 4º e 5º Anos do Ensino Fundamental, a série mostra as aventuras de quatro adolescentes pelos pontos turísticos e históricos do Rio de Janeiro, por onde aprendem sobre a geografia e a história da cidade.

Para a secretária Municipal de Educação, Claudia Costin, esse material vai despertar maior interesse das crianças e também dos professores, contribuindo para que as escolas consigam atingir as metas desejadas.

– É fundamental ensinar para as crianças essa riquíssima história do Rio de Janeiro, pois elas vivem em uma cidade que já foi capital do nosso país, que teve papel importantíssimo na constituição do Brasil. Então, é uma grande alegria poder proporcionar aos nossos professores um material didático de qualidade para trabalhar especialmente com o 4º e o 5º Anos – avaliou a secretária. – Já para as nossas crianças, é uma série que vai fazê-las amar ainda mais a cidade com informações sólidas, mas ao mesmo tempo de uma forma lúdica. Nossas salas de leitura e nossas bibliotecas escolares vão receber esse material para que fique disponível para o maior número de pessoas possível, mas principalmente para as nossas crianças, que é o nosso foco principal – acrescentou Claudia Costin.

Nessa aventura, os jovens contam com um guia misterioso, que está presente em todos os momentos de descoberta e aprendizado: o próprio Mestre do Tempo (Savio Moll). Em dez episódios, Amanda (Amanda Ramalho), Tiago (Tiago Salomone), Valentina (Valentina Herszage) e Victor (Victor Navega Motta) percorrem pontos turísticos e históricos do Rio, aprendendo sobre o início da História do Brasil, com a chegada de Pedro Álvares Cabral, passando pela fundação da cidade até os dias atuais. A série Mestre do Tempo aborda, ainda, o que o futuro guarda de novos desafios para o Rio de Janeiro.

A presidente da MultiRio, Cleide Ramos, falou sobre como foi fazer uma série de programas especificamente das disciplinas de História e Geografia para os alunos da rede municipal de ensino.

- Preparamos um programa sobre a história e a geografia do Rio de Janeiro que pudesse, desde cedo, trazer o conhecimento e o amor à cidade, preenchendo três campos importantes: cultura, educação e cidadania. A série é muito interessante, pois faz um elo entre o passado e o presente, e a figura do Mestre do Tempo é que vai, pela curiosidade das crianças, estabelecendo os objetivos que eles precisam buscar para conhecer nos atuais monumentos, o passado da história – declarou a presidente.

Mestre do Tempo tem como público-alvo os alunos do 4º e 5º Anos do Ensino Fundamental, educadores e, pela abrangência de seu conteúdo, a sociedade em geral. Todas as escolas da rede pública municipal que possuem o 4º e 5º Anos receberão, além dos episódios da série, fascículos com textos complementares, cujo objetivo é fazer os professores proporem aos alunos novas atividades para que conheçam a história e a geografia do Rio de Janeiro.

Nenhuma criança na cracolândia

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Nenhuma criança na cracolândia: "A SMAS realizou na manhã de hoje, dia 17, uma nova operação, em parceria com as polícias Civil e Militar, na cracolândia do Parque União, na Zona Norte. No total, foram acolhidos 16 adultos e nenhuma criança foi localizada.

Este resultado destaca os avanços alcançados pelo novo Protocolo de Abordagem Social, adotado pela Prefeitura do Rio há cerca de três meses. Quando chegamos em uma cracolândia e não localizamos crianças, isso é efeito do abrigamento compulsório, mostra que estamos conseguindo preservar vidas.



Das três operações de combate ao crack, realizadas na cracolândia e no entorno do Parque União, desde o dia 31.03, esta última apresentou uma redução de 60% no número de pessoas acolhidas em relação à primeira ação no local. Em 10/06, quando a SMAS chegou a retirar 44 pessoas. No dia 03/08, foram 30.




No total, desde março, já foram retirados dos principais pontos de consumo de drogas do Rio, 1381 pessoas (1121 adultos e 260 crianças e adolescentes).

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Alunos em Aula de Reforço


http://bragafatima-educao.blogspot.com/
Alunos em Aula de Reforço: "


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SEMANA NACIONAL DA PESSOA COM DEFICIENCIA INTELECTUAL E MÚLTIPLA

http://vivianepatrice.blogspot.com/
SEMANA NACIONAL DA PESSOA COM DEFICIENCIA INTELECTUAL E MÚLTIPLA: "
http://vivianepatrice.blogspot.com/feeds/posts/default
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Abelhinhas

http://jacirinha.blogspot.com/
Abelhinhas: "





Eita meninas, mais bichinhos... desta vez as abelhinhas!!! Agora só falta mais um para eu completar o grupo e montar o projetinho final.


beijiiinhos....




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Inscrições abertas – FIES (Fundo Itaú Excelência Social)

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Inscrições abertas – FIES (Fundo Itaú Excelência Social): "

Você faz algum trabalho voluntário um ONGs destinadas à educação infantil, ambiental ou trabalho? Pois saiba que estão abertas as inscrições para o FIES (Fundo Itaú Excelência Social), o que é uma ótima oportunidade para dar aquele “up” que seu projeto precisa.


Em 2011, serão selecionados 20 programas. Cada um receberá R$ 120.000,00 e apoio técnico para aprimorar a gestão e a sustentabilidade de suas ações. O restante do recurso será aplicado em suporte técnico, monitoramento e formação dos gestores das ONGs. Serão destinados ainda R$ 300 mil ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil. No total, o FIES fará um investimento social de R$ 3,4 milhões neste ano. ONGs interessadas em receber apoio financeiro e técnico devem inscrever-se em http://bit.ly/pt9X3u até 30 de agosto para participar do processo seletivo.


Serão selecionados e apoiados projetos de três categorias:

Educação infantil – envolvem ações executadas por organizações registradas nos Conselhos Municipais de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e destinam-se ao desenvolvimento de crianças com idade até 5 anos.

Educação Ambiental - dirigem-se à formação de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos com o objetivo de promover conhecimentos necessários para a preservação e melhoria da qualidade ambiental, realizados por organizações registradas nos CMDCAs.

Educação para o Trabalho - preparam adolescentes e jovens de até 24 anos para o mercado de trabalho.


O Fundo Itaú Excelência Social (FIES) só investe em ações de empresas socialmente responsáveis e destina 50% de sua taxa de administração para programas sociais desenvolvidos por organizações não-governamentais. Desde sua criação, o Programa de Investimentos Sociais do FIES (PIPS FIES) já repassou mais de R$ 16,6 milhões a programas de 97 ONGs, beneficiando 18.467 crianças e jovens e 1.713 educadores.


Acesse o site, www.itau.com.br/fies, saiba mais sobre o FIES e divulgue-o.


Este post é um publieditorial.



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