sábado, 7 de maio de 2011

Nós somos 6ª CRE


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Prova Rio

  1. Alfabetiza Rio
  • Melhores da Rede - Português = 4º Lugar - Glauber Rocha - nota 8,6
2. Melhores Escolas do Amanhã - Português
  • 2º Lugar - Escragnolle Doria - nota 8,7
  • 4º Lugar - CIEP Anton Makarenko - nota 8,0
3. Resultados da Prova Rio
  • 2º Lugar - Glauber Rocha - nota 7,8
  • 3º Lugar - Arthur Azevedo - nota 7,7

Parabéns à todas as escolas.
Isso é empenho, dedicação e superação.
"

Professores relatam esgotamento e frustração

FONTE: RADIS
Sensação frequente de esgotamento, frustração e até vontade de mudar de profissão. Essas são apenas algumas consequências das falhas estruturais da educação e da rotina exaustiva dos professores. “Nosso desafio é enorme, mas quando as relações na escola não estão boas o sentimento é o de nadar contra a maré”, comenta Anne Pimentel dos Santos, professora há 22 anos — atualmente trabalhando na rede pública do município do Rio de Janeiro.
Pesquisa sobre violência nas escolas realizada em 2007 pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) com delegados de seu 19º encontro descreve um ambiente de mal-estar, permeado por desencontros, em que as agressões verbais fazem parte do dia a dia. “Comportamentos antes vistos como comuns são, agora, encarados como ameaçadores, provocando medo”, diz o relatório final, que reporta a impressão de que os conflitos da instituição escolar não podem mais ser tratados pedagogicamente — o que “reitera a posição de fragilidade e escassa autoridade dos integrantes do corpo profissional da escola”.
Entre os professores entrevistados, 87% afirmaram ter ciência de casos de violência ocorridos na escola onde trabalhavam em 2006. A violência verbal foi a prática mais citada, seguida por atos de vandalismo, agressão física e furto: 77% já foram xingados por alunos, sendo que em 23% dos casos os insultos são frequentes. Nesse cenário, a saúde do profissional da educação é diretamente afetada. Apesar de investigarem grupos teoricamente distintos, pesquisas sobre as condições de trabalho dos professores no Rio Grande do Sul e em São Paulo indicaram questões semelhantes.
"Quando as relações na escola não estão boas, nosso sentimento é de nadar contra a maré"

Anne Pimentel do Santos, Professora

Encomendado pela Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Estado do Rio Grande do Sul (Fetee-Sul), o primeiro ouviu professores de escolas particulares do estado, em 2008 e 2009. A jornada semanal de trabalho dos entrevistados variava de 25 a 40 horas, mas havia um contingente que ultrapassava as 51 horas semanais. Era comum que, encerrado o expediente, os professores se dedicassem a tarefas como preparação de aulas e correção de provas: 70% sempre ou frequentemente trabalhavam fora do horário.
O estudo de São Paulo ouviu professores do ensino fundamental e médio da rede pública estadual, pré-delegados do 23º Congresso da Apeoesp, em 2010. Nesse universo, 32,6% tinham carga horária de 36 a 40 horas, 30% trabalhavam em duas ou três escolas e 54% lecionavam para turmas com mais de 35 alunos. O salário bruto concentrava-se entre R$ 1.201 e R$ 2.400 para mais da metade dos entrevistados.
“Quando o professor trabalha em várias escolas ou passa o dia todo dentro da mesma escola, não tem tempo para pensar no seu fazer, quando o magistério exige a reflexão sobre a prática pedagógica”, observa Anne, cuja experiência no magistério contribuiu para a elaboração do livro Impactos da violência na escola — Um diálogo com professores.
Entre os entrevistados no Rio Grande do Sul, 76% sentiram cansaço ou esgotamento frequente nos últimos seis meses. Mais: 71% tiveram dores no corpo após o dia de trabalho, 59% apresentaram dificuldade para dormir, 49% ficaram roucos, 44% sofreram com dores na articulação e 33%, com enxaqueca. Muitos se disseram estressados (35%), ansiosos (32%) e depressivos (11%). Esse quadro é característico da Síndrome de Burnout (do inglês to burn out ou queimar por completo), também chamada de síndrome do esgotamento profissional, comum entre profissionais da educação.
Mais de 40% dos professores ouvidos em São Paulo disseram sentir frequentemente cansaço, sobrecarga, frustração e exaustão emocional em relação ao trabalho, e 77,6% declararam ter vontade de mudar de profissão, frequentemente ou às vezes. Entre as situações que mais lhes causavam sofrimento estavam a dificuldade de aprendizagem dos alunos (75,5%), a superlotação das salas de aula (66,2%), a jornada de trabalho excessiva (60,1%) e a violência na escola (57,5%). Na pesquisa do Rio Grande do Sul, registrou-se alto índice de docentes que se sentiam pressionados, por chefes superiores (35%), chefes imediatos (32%), alunos (27%), colegas (14%) e pais de alunos (14%). Quanto às situações de violência, 17% dos professores vivenciaram ou presenciaram agressões dentro da escola.
Na avaliação da pesquisadora do Claves Simone de Assis, os professores não estão preparados para lidar com esse ambiente opressivo e, por isso, precisam ser capacitados e estimulados. O curso que coordena na Ensp/Fiocruz é uma das iniciativas que visam à criação de energia para a ação: ao final dos três meses de aulas, cada participante desenvolve um projeto estratégico com a finalidade de diminuir a violência na escola em que trabalha. Mas Simone ressalva que “o enfrentamento da violência deve ser relacional mas também estrutural”. n
 

Em escola de Campo Grande, respeito gera respeito

FONTE: RADIS

Alunos participam de palestras e debates sobre a rotina escolar, diversidade e violência
“O papel da escola começa em admitir que é um local passível de bullying, informar professores e alunos e deixar claro que o estabelecimento não admitirá a prática”, diz o cartaz afixado no mural do Centro Interescolar Estadual Miécimo da Silva, localizado no bairro de Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A receita é simples e, nessa escola, parece funcionar.
"Tratamos todos com respeito, logo não admitimos desrespeito com ninguém"
Rosana Leite de Farias, diretora do Centro Interescolar Estadual Miécimo da Silva
O Miécimo, como é conhecido, é uma escola pública, com 1.592 alunos cursando ensino médio, médio integrado (isto é, que oferece também o curso técnico) e pós-médio (curso técnico voltado àqueles que concluíram o ensino médio) — profissionalização em Administração, Edificações e Informática. Quem percorre os corredores que circundam o pátio central vê paredes limpas e salas bem conservadas, e observa um aparente clima de cordialidade entre alunos, professores e funcionários.
Os casos de violência são raros no Miécimo: “Os alunos acabam se adaptando ao jeito da escola”, busca explicar a diretora Rosana Leite de Farias, que assumiu a função há dois anos, depois de passar seis como adjunta. “Nossa escola não tem violência”, afirma, ressalvando que ocasionalmente precisa lidar com “questões pontuais” — principalmente bullying contra alunos e professores. “Tratamos todos com respeito, logo não admitimos desrespeito com ninguém”.
A escola opta pela prevenção. Os alunos participam de palestras e debates, voltados a temas como diversidade e violência. Os representantes de turma são reunidos em seminários para discutir questões relacionadas à escola e, em seguida, compartilham o que discutiram com os colegas. Atuar “imediatamente”, nas poucas vezes em que se detecta algum tipo de discriminação, também surte efeito. O aluno agressor é chamado para uma conversa. Se a medida não for suficiente, os pais são envolvidos e vêm à escola para ficar cientes da situação e fazer sua parte na busca de uma mudança de comportamento do aluno. Os casos que persistem são comunicados ao Conselho Tutelar — o que só ocorreu duas vezes, em oito anos. “Foram casos de alunos que debochavam de professores e colegas”, conta Rosana. Em última instância, o aluno pode ser convidado a sair da escola, o que até hoje não aconteceu.
seminários
"Minha nova turma me recebeu bem, como se nada tivesse acontecido"
Pedro Zacharias, do 1º ano de Administração do ensino médio integrado
Quando fui reprovado, achei que seria zoado por estar repetindo o ano, mas minha nova turma me recebeu bem, como se nada tivesse acontecido”, conta Pedro Taranta Zacharias, aluno do 1º ano de Administração, no ensino médio integrado. Fernanda Ayres, representante de sua turma do 4º ano de Administração, diz que nunca viu caso de bullying ou outra forma de agressão na escola. “Muitos colegas têm apelidos, mas não são ofensivos”, diz. E como diferenciar brincadeira de agressão? Ela responde: “Quando a pessoa se chateia, já não é mais brincadeira”.
"Quando a pessoa se chateia, já não é mais só brincadeira"
Fernanda Ayres, representante da turma do 4º ano do curso técnico de Administração do Miécimo da Silva
Fernanda participou dos seminários voltados à prevenção de violência. Em 2009, o tema foi bullying. No ano passado, a diversidade esteve em pauta. Coube à professora de Sociologia e Filosofia Jessica Zacarias falar sobre diversidade cultural. “Conversamos sobre o estranhamento natural que sentimos em relação a pessoas de outras culturas, tentando trazer a questão para o cotidiano e passar a mensagem de não discriminação”, relata. Jessica não esconde as dificuldades da profissão, mas diz se sentir mais plena do que angustiada. “Sempre destaco os aspectos positivos dessa carreira: ver os alunos crescendo para além de seus limites, alguns estimulados a se tornar professores”.
"Sempre destaco os aspectos positivos dessa carreira: ver os alunos crescendo para além de seus limites"
Jéssica Zacarias, professora de Sociologia e Filosofia
Nas aulas de inglês, todo ano, os alunos são chamados a apresentar trabalhos sobre bullying — iniciativa do professor da disciplina, que, ao longo da vida profissional, fora alvo de discriminação. Jefferson Alves e Ana Carolina Sansão, do 4º ano de Administração, fizeram o trabalho juntos e concordam em que não é comum ver na escola casos como os que examinaram. “É muito difícil acontecer e quando acontece logo é resolvido”, diz Ana.
Thamires Alves, do 2º ano, também relata um ambiente de bem estar. “Fazemos parte de uma família, somos conhecidos pelo nome”. Na sala da direção, alunos entram e saem livremente. “Atendo todo mundo sem hora marcada”, conta Rosana. “É muito importante termos um ambiente como esse”, diz Fabianne Cristine Bernardes, do 4º ano de Administração. “Quando passo por problemas, é aqui que me livro deles”. è
BOA CONVIVÊNCIA (1/3) çè

FONTE: RADIS
Fotos: Dayane Martins



Bruno Dominguez
Está na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: a educação, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Mas, ao se comparar a escola ideal e a escola real, é impossível não constatar que o esperado ambiente de relações harmoniosas está permeado por manifestações de violência, muitas vezes, expressas em situações de opressão veladas ou, ao menos, pouco evidentes à primeira vista.
Essas, ao lado de situações mais perceptíveis, como agressões físicas ou verbais, humilhações, depredações e, ainda, baixos salários pagos aos professores, acabam por ferir grande parte dos princípios do ensino estabelecidos pelo texto legal: igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço à tolerância; e valorização do profissional da educação escolar. Formas de violência que deixam marcas físicas e psicológicas em alunos, professores e funcionários, impedindo que todos cumpram integralmente seus papéis.
Foto: Sérgio Eduardo de Oliveira
Simone aponta três categorias de violência: contra a escola, da escola e na escola
Cursos voltados a professores e programa do Ministério da Educação com foco nas relações escolares são algumas mostras de que o tema mobiliza e é alvo de preocupação. “O uso da violência, seja física ou psicológica, constrói, na sala de aula, um ambiente pouco propício à aprendizagem e, na escola pública, constitui mais um fator de agravamento da exclusão social a que estão submetidas as parcelas de baixo nível socioeconômico da população”, avalia a pesquisadora do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/Ensp/Fiocruz) Simone Gonçalves de Assis.

Uma das coordenadoras do Curso de Atualização em Enfrentamento da Violência e Defesa de Direitos na Escola, Simone explica que há três categorias de violência no ambiente escolar: contra a escola, da escola e na escola. A violência contra a escola tem a ver com as condições de trabalho, os baixos salários e a formação equivocada de professores. “Há uma gama de fatores estruturais que são uma forma concreta de violência, como a má localização das unidades e a falta de equipamentos em sala”, exemplifica Simone.

Ao longo dos anos, analisa a pesquisadora, as políticas públicas nesse setor provocaram o sucateamento das escolas e a desvalorização social do professor. “Essas ações se refletiram profundamente na queda da autoestima dos profissionais e da qualidade do ensino, criando um cenário propício à escalada da violência”. Também se incluem nessa categoria atitudes violentas de pessoas ou grupos externos à escola: depredações, roubos e uso do espaço para tráfico de drogas.

Se a escola é vítima, também é agressora. A violência da escola está ligada às relações hierárquicas do sistema educacional, diz Simone. Vários estudos sobre o tema indicam a violência simbólica como a principal forma de violência promovida pela escola — violência simbólica é um conceito do sociólogo francês Pierre Bourdieu (1930-2002), que via a sociedade como um campo de dominação e de reprodução dissimulada das desigualdades sociais nas instituições.
A violência na escola mais visível e mais comentada se expressa em várias modalidades: violência entre alunos, violência do aluno contra o professor, da escola e do professor contra o aluno, entre os profissionais da educação, do sistema de ensino contra a escola e o professor, do funcionário contra o aluno, do aluno contra o patrimônio da escola. Nessa categoria, explica Simone, pesquisas apontam a violência protagonizada pelos alunos como a mais frequente e que mais afeta o cotidiano escolar.
‘Bullying’
Embora seja apenas uma das diversas formas de violência entre alunos, o bullying é hoje a que mais chama a atenção de pais, professores e da mídia. Bullying é palavra da língua inglesa que designa abuso do poder físico ou psicológico entre pares, envolvendo dominação e prepotência, por um lado, e submissão, conformismo e sentimentos de impotência, raiva e medo, por outro. O conceito abrange práticas como colocar apelidos, humilhar, discriminar, divulgar comentários maldosos, amedrontar, bater, empurrar, roubar, excluir, ignorar e ameaçar.
O livro Impacto da violência na escola — Um diálogo com professores (Editora Fiocruz), material do curso coordenado por Simone e do qual ela é uma das organizadoras (ao lado de Patrícia Constantino e Joviana Quintes Avanci), informa que o bullying pode ser identificado a partir de três tipos de comportamento: agressivo e intencionalmente nocivo; repetitivo; e que se estabelece em uma relação interpessoal assimétrica, de dominação. Outras características são o fato de a vítima se sentir incapaz de se defender e até de perceber a si mesma como vítima, e de a agressão acontecer sem provocação ou motivo evidente.
Pesquisas internacionais divergem quanto à porcentagem de alunos envolvidos nessa prática, como vítimas ou como agressores, com índices que variam de 10% a 76,8%. No Brasil, a Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar 2009, realizada pelo IBGE, concluiu que quase um terço dos alunos entrevistados (30,8%) sofreram bullying. Estudantes do 9º ano do ensino fundamental (antiga 8ª série) de 6.780 escolas públicas ou privadas das capitais e do Distrito Federal responderam a pergunta: “Nos últimos 30 dias, com que frequência algum dos seus colegas de escola o esculachou, zoou, mangou, intimidou ou caçoou tanto que você ficou magoado/incomodado/aborrecido?”. Os que se disseram alvo desse tipo de violência raramente ou às vezes somaram 25,4%; os que afirmaram ter sido vítimas na maior parte das vezes ou sempre foram 5,4%. A ocorrência de bullying foi verificada em maior proporção entre alunos de escolas privadas (35,9%, contra 29,5% nos de públicas) e entre meninos (32,6% ante 28,3% de meninas).
Preconceito e discriminação
Grande parte das manifestações de violência no espaço escolar pode ser atribuída ao preconceito e à discriminação — por gênero, cor da pele, orientação sexual ou deficiência. A pesquisa Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar, encomendada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), constatou que pessoas com deficiência, negras e homossexuais são as que mais sofrem.
Foram entrevistados 18.599 estudantes, pais e mães, professores e funcionários da rede pública de 500 escolas de todos os estados do país. Desses, 99,3% declararam ter algum tipo de preconceito — 96,5% com relação a pessoas com deficiência, 94,2% de caráter étnico-racial, 93,5% de gênero, 91% de geração, 87,5% de condição socioeconômica, 87,3% de orientação sexual e 75,95% territorial.
Quando perguntados sobre o nível de proximidade que estabeleceriam com esses grupos, 72% revelaram o desejo de manter distância de homossexuais, 70,9%, de pessoas com deficiência intelectual, 70,4%, de ciganos, 61,8%, de pessoas com deficiência física, 61,6%, de índios, 61,4%, de moradores da periferia e/ou de favelas, 60,8%, de pessoas pobres, 56,4%, de moradores e/ou trabalhadores de áreas rurais, e 55%, de negros.
Os que relataram conhecer o bullying contra alunos apontaram como motivação o fato de a vítima ser negra (19%), pobre (18,2%) ou homossexual (17,4%). No caso dos professores, o bullying é mais associado à idade (8,9%) e, no de funcionários, à pobreza (7,9%).
Reflexos da sociedade
No Ministério da Educação, o tema é tratado principalmente pelo programa Escola que Protege, voltado à promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes e ao enfrentamento e prevenção das violências no contexto escolar. A ação se dá pelo financiamento de projetos de formação continuada de profissionais da rede pública de educação básica e pela produção de materiais didáticos e paradidáticos. Segundo a coordenadora-geral de Articulação Institucional da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Rosiléa Wille, o objetivo é levar as escolas a adotar mecanismos pedagógicos para enfrentar as violências de modo educativo e não repressivo. “As pessoas devem aprender a dialogar para que os conflitos no ambiente escolar sejam motivadores de conhecimento pessoal e crescimento coletivo, favorecendo um clima de aprendizagem e boa convivência”, diz.
Ainda este ano, 6 mil escolas públicas devem receber cartilha, cartazes e vídeos sobre homossexualidade. O anúncio da preparação desse conteúdo provocou polêmica, em mais um exemplo de que a discriminação no ambiente escolar é reflexo de uma sociedade que ainda não sabe lidar com a diversidade. O material passou a ser chamado de kit gay e apontado como estímulo à homossexualidade entre crianças e adolescentes.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) divulgou comunicado apoiando o kit anti-homofobia: “Os materiais estão adequados às faixas etárias e de desenvolvimento afetivo-cognitivo a que se destinam, de acordo com a Orientação Técnica Internacional sobre Educação em Sexualidade, publicada pela Unesco em 2010”.


A maneira correta de se lidar com a diversidade não é consenso nem na Educação. Na Conferência Nacional de Educação, realizada em março de 2010, representantes dos surdos defenderam uma escola própria — proposta que acabou rejeitada. “Dinheiro público é para a escola pública de qualidade para todos, não só para os que têm deficiência, nem só para os que não têm deficiência”, defendeu o delegado David de Souza, membro do Conselho Nacional de Juventude, com paralisia cerebral. “Não queremos uma escola para os surdos, queremos uma escola para todos” (Radis 94).
Escola inclusiva
Para a jornalista Claudia Werneck, superintendente geral da Escola de Gente, organização da sociedade civil voltada a comunicação e inclusão, a escola brasileira está longe de tratar corretamente a diversidade. Ela defende a escola inclusiva, que se baseia no direito de todos a receber uma educação de qualidade que satisfaça suas necessidades básicas de aprendizagem e enriqueça suas vidas.
“Nosso sistema é violento e discriminador”, critica a jornalista, para quem a agressividade entre estudantes é a representação máxima de uma proposta pedagógica excludente. Ela se lembra do gordinho afastado do jogo de vôlei, do desafinado retirado da sala de música e de tantas outras situações que se repetem na maior parte das escolas, sem que os envolvidos percebam que estão praticando violência.


Para Claudia, toda escola pública ou privada que se recusa a se tornar inclusiva, aberta à diversidade humana, voltada à educação de quem existe de fato, e não quem se gostaria que existisse, é violenta. “As escolas devem abrigar todo o tipo de criança, as que andam ou não, os filhos de cigano, os filhos de afegão, os filhos de mãe assassina, com nariz escorrendo, com doença”. E faz um alerta: “Os pais podem ter certeza de que a escola que discrimina uma criança por ser deficiente discrimina seus filhos por outras razões”. Em outras palavras, “quando se fere uma criança, se fere todo o sistema educacional”.
O doutor em Educação Miguel Arroyo, professor emérito da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, também ressalta que a relação pedagógica deve ser um diálogo de saberes, vivências, valores, culturas, formas de pensar e de ler o mundo. “Essa concepção pedagógica de reconhecimento da diversidade instaura outra relação nas salas de aula, enriquece a docência-aprendizagem mútuas”, avalia.
Arroyo defende que se entenda essa relação como um processo educativo-formador, em que as duas pontas — educador e educando — estão em formação e humanização. “Essa concepção de prática pedagógica instaura relacionamentos mais delicados”.  èfessores, funcionários e alunos.

CENTRO DE ESTUDOS, 06 de maio (Mônica Coropos)

CENTRO DE ESTUDOS, 06 de maio (Mônica Coropos): "Apesar do dia turbulento lá fora
Das notícias de morte, do iminente perigo
Sempre que nos encontramos como equipe...
...crescemos
...trocamos
...aprendemos
...sonhamos
...criamos
...planejamos
...vibramos
...unimos forças
...e ficamos melhores!
Núcleo de arte Grande Otelo:
Experiência ímpar
Amigos-mestres-artistas
Compromisso
Educação
Sonho e chão
Vitória e luta
Mãos dadas
E ação!
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Dia das Mães no Núcleo de Arte!

http://nucleodeartegrandeotelo.blogspot.com/
Dia das Mães no Núcleo de Arte!: "Um dia de EMOÇÕES E ARTE - Esta é a proposta para comemorar uma data que devia ser todo dia: o Dia das Mães.
Com exposição de trabalhos dos alunos de Artes Visuais, Desenho e Tecnologia, Matemática com Arte, exposição de artesanato da parceria com a Vila Olímpica Clara Nunes, Coro da Melhor Idade, Coro Infanto Juvenil, Dança, Vídeo e carinho de sobra.


Dia 10 de maio, terça-feira, às 13:30h.
Rua Arnaldo Guinle s/n - CIEP Zumpbi dos Palmares - 2 andar
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Homenagem às Mães na CM Zuzu Angel.

http://cmzuzuangel.blogspot.com/

Homenagem às Mães na CM Zuzu Angel.: "
Homenagem às mães
com participação de amigos da creche...
Nosso dia foi assim...

Iniciamos com a apresentação das crianças, bolo e refrigerante.
Dividimos as mães com seus filhos em oficinas, todos os anos reservamos o dia das mães para que elas vivenciem a rotina das crianças em nossa creche.
Brincadeiras, jogos, pinturas, presentes, carinho, amizade e muita alegria.
Assim somos a creche Zuzu Angel.

Equipe Zuzu Angel
Ginastica e alongamento
Professor Antônio
Professor de Educação Física da EM Genral Osório
Escovas no cabelo das mães
Ray - do Salão Ray Hair

PSE -Morro União
Prevenção de Câncer
Infermeira Dija e ACS Ivone
Instruções de Saúde bucal
Técnica em Saúde Bucal Cíntia

Limpeza de pele (parceria com PSF)
Maquiagem e Penteados
ADM Dalila e ACS Ana Paula

Oficina de artes com nossas Educadoras
Pinturas e jogos com a mamãe.
Apresentação de musiquinhas para a mamãe.
Parabéns Mamães!
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