domingo, 3 de abril de 2011

ESCOLA

É o lugar onde se faz amigos;
não se trata só de prédios, salas,
quadros, programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
gente que trabalha, que estuda,
que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente, o coordenador é gente,
o professor é gente, o aluno é gente,
cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
na medida em que cada um
se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de "ilha cercada de gente por todos os lados".
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
que não tem amizade a ninguém,
nada de ser como o tijolo que forma a parede,
indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
é também criar laços de amizade,
é criar ambiente de camaradagem,
é conviver, é se "amarrar nela"!
Ora, é lógico...
numa escola assim vai ser fácil
estudar, trabalhar, crescer,
fazer amigos, educar-se,
ser feliz.
Paulo Freire
Boa semana a todos e todas.

Família Anísio: Enquanto isso, no horário do recreio...

Família Anísio: Enquanto isso, no horário do recreio...: "Vejam só como alguns alunos aproveitam a hora do recreio. Eles vão para a sala de leitura e lá aproveitam para estudar, ler livros diversos,..."

Canção deveria ser usada nas escolas para abordar conteúdo de modo criativo


FONTE: UOL

Desirèe Luíse

Após três anos lecionando para alunos de ensino fundamental e médio, a professora de geografia Júlia Pinheiro de Andrade percebeu que poderia abordar a temática da cidade de maneira mais criativa: passou a utilizar canções em salas de aula. “Por meio da arte, trabalhamos diferentes percepções juntamente com conceitos. O aprendizado será eficaz quanto mais associarmos diferentes linguagens”, afirma.

De acordo com Júlia, com a canção é possível estudar não apenas a letra, mas o contexto em que foi escrita, apresentando aos alunos os primeiros elementos para, posteriormente, uma análise conceitual mais aprofundada do tema tratado.

A ideia surgiu quando percebeu que os alunos tinham dificuldades para compreender a lógica das transformações do espaço urbano, pois diz respeito a representações abstratas da cidade.

“Quando se vive na sociedade urbana, onde há conflitos e inúmeras questões, é importante entender como a cidade se constrói, como diferentes sujeitos podem se apropriar desse espaço. A escola deve dar conta de pensar a cidade de modo crítico e criativo”, explica.

Júlia passou então a abordar a correspondência entre a canção como forma estética, a experiência urbana e as transformações do espaço da cidade. No entanto, isso poderia ocorrer não apenas nas aulas de geografia, mas em outras disciplinas também. “Então, desenvolver as diferentes formas de inteligência dos alunos: a musical e a sensorial, por exemplo”.

A relação que Júlia estabeleceu entre canção e ensino deu origem à suadissertação de mestrado, defendida na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP), trazendo a importância de trabalhar as diferentes linguagens da cultura no aprendizado.

Segundo a pesquisadora, especialmente no Brasil, a canção é uma forma eficaz para falar sobre as experiências da sociedade. “Temos tradição ligada mais ao corpo e à fala, que encontra expressividade na canção. Assim, existe nela uma enciclopédia da vida cotidiana”.

Para Júlia, ao diversificar a linguagem, diminui a dificuldade que as escolas têm de fazer a ligação entre conceitos que devem ser aprendidos e o que os alunos presenciam no dia-a-dia. “Hoje, existe uma distância enorme entre a vida do jovem e o que é ensinado na escola. O modelo voltado apenas para passar no vestibular mostra a educação de maneira equivocada. Temos que trabalhar valores de formação para a cidadania”, acredita.

A dissertação não propõe estratégias diretas de aplicação da canção em sala de aula, mas apresenta indicações de como perceber a canção de forma mais profunda para compreender a experiência do tempo e do espaço contemporâneos.

“Se não for dada importância para a experiência estética, se há valorização apenas na formação do sujeito para a produção do dia-a-dia, não estaremos formando pessoas melhores. A escola deve pensar na formação integral do ser humano, uma correspondência conjunta do que sentem , pensam e fazem”, conclui.

Abrir canal para o aluno se expressar é chave para qualidade de ensino


FONTE: UOL

Desirèe Luíse

Por meio da comunicação, modelos novos de processos educativos surgem em sala de aula. Com essa ideia, o secretário executivo da Rede de Experiências em Educação, Comunicação e Participação (CEP), Alexandre Sayad, desenvolve curtas-metragens com alunos do ensino médio da Escola Nossa Senhora das Graças, na zona sul de São Paulo (SP). O projeto reflete a abertura de um canal, no qual o estudante ganha voz ao mesmo tempo em que aprende.

“Com a comunicação pode-se fazer com que a escola entre em compasso com a vida do jovem. Mas, no geral, tanto no ensino público como no privado, a utilização de mídia e educação ainda não está integrada de forma a trazer benefícios”, analisa.

O projeto de um ano com 14 jovens em 2008 resultou no documentário “Hoje Novamente Ontem” (parte 1, parte 2  e parte 3). Os estudantes de 16 anos participaram de toda a construção do vídeo, desde a escolha do assunto nostalgia, passando pela produção de música e filmagens, até chegar à busca de patrocínio para rodar o curta.

“A comunicação ajuda a educar para a complexidade do mundo. O trabalho que os jovens desenvolveram está mais relacionado com o olhar para este mundo, no qual a análise crítica é um dos elementos do processo, do que com a técnica para a produção do curta”, explica Sayad.

O aluno do 3º ano do ensino médio da Escola da Vila, na zona oeste de São Paulo, Leonardo Carvalho Cordeiro, aponta que a forma engessada dos modelos pedagógicos nas escolas é algo estrutural. “Em grande parte das aulas, acho que estou perdendo tempo, porque penso que poderia estar fazendo algo melhor para minha formação pessoal, me inserindo em outros espaços além da escola, onde posso ter participação efetiva”, diz.

O coordenador do Programa de Juventude e Meio Ambiente do Ministério da Educação (MEC), Rangel Mohedano, acredita que é preciso mudar. “Contar com discursos de diferentes gerações – aluno e professor – proporciona uma ótima troca. Além disso, é necessário unir os processos de aprendizado e de construção política do sujeito, para ir além da reprodução dos mesmos modelos.”

“O trabalho de desconstruir a linguagem dos meios de comunicação predominantes leva um tempo. Já na elaboração de pautas, é surpreendente a criatividade dos meninos e meninas”, afirma Tiago Torres, educador do projeto Jovem de Futuro, que propõe ações para um modelo de gestão participativa nas escolas com o objetivo de diminuir a evasão no ensino médio.

Segundo Sayad, trabalhar a linguagem é mesmo um desafio dentro da escola. “Seria essencial que as instituições de ensino passassem a pensar projetos pedagógicos a partir da comunicação, para oferecerem ao aluno um espaço de autonomia e não de controle”, ressalta.

“A informação não é obtida apenas como antigamente, da escola e da família para o aluno, mas da TV, redes sociais, games, mídias especializadas etc. Então, esse jovem tem muito a oferecer. Dar voz a ele torna mais interessante o ensino”, conclui o secretário da Rede CEP.

Educação integral é fundamental para melhorar qualidade da educação, diz Unicef


FONTE: UOL

Sarah Fernandes

As práticas de educação em perspectiva integral são fundamentais para melhorar a qualidade da educação. Isso porque elas articulam diferentes áreas de conhecimento, o que pode despertar mais interesse dos alunos e envolver a família na vida escolar.
A avaliação é da coordenadora do Programa de Educação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Maria de Salete Silva, que participou do Seminário Internacional de Educação Integral, promovido pela Fundação Itaú Social e pelo Unicef, na última terça-feira (29/3), em São Paulo (SP).
“A educação integral tem o ganho de não ser uma ação isolada. Ela articula mais de uma área do conhecimento e permite que a interferência do conteúdo ensinado na vida do aluno seja maior”, afirmou. “Ela não é uma solução, mas é uma estratégia fundamental para melhorar a qualidade da escola. Isso se a educação for tratada em uma perspectiva integral e não apenas em tempo integral”.
A articulação entre os projetos permite que alunos e familiares se envolvam mais com as atividades escolares, observou Maria. “As escolas precisam chamar as famílias pobres e mostrar para elas que ter acesso à educação é um direito. E acesso não é só vaga ou entrega de material. É educação de qualidade, com infraestrutura e professor motivado”.
A coordenadora ressaltou que, por essas características, a educação integral facilita o aprendizado e colabora para manter o aluno na escola. “Ela ajuda na reflexão e na convivência com outros projetos. Isso faz com que a escola seja entendida como um espaço formador”.
O número de escolas nessa modalidade deve aumentar com a aprovação do novo Plano Nacional de Educação, de acordo com a professora da Universidade Federal do Paraná, Yvelise Arco-Verde, mediadora da palestra “Educação Integral: Experiências que transformam”, que ocorreu durante o Seminário.
“O forte do Plano é pensar na universalização da escola de tempo integral com educação integral”, avaliou. “O que trabalhamos com educação integral desde Anísio Teixeira até hoje foram projetos pontuais, que terminam e não têm continuidade. Com o Plano, ela será trabalhada como política pública”.
O documento aguarda votação no Congresso Nacional desde o final ano passado.

Foco no território e aprimoramento de parceria promovem educação integral


FONTE: UOL

Desirèe Luíse

Foco no território e o aprimoramento de parcerias foram dois pontos indicados como importantes para promover educação integral no Brasil, além da valorização de saberes e aprendizagens. Os dados são da pesquisa “Perspectivas da Educação Integral”, lançada nesta quarta-feira (30/3), em São Paulo (SP), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com a Fundação Itaú Social.

O levantamento analisou 16 experiências brasileiras de educação integral, desenvolvidas por redes de ensino municipal, estadual e por organizações da sociedade civil. O objetivo foi adquirir informações sobre a implantação dos programas e sobre as estratégias utilizadas.

As instituições têm trabalhado com o foco no território, descobrindo o que há de interessante no entorno da escola que possa ser oferecido como complemento ao aprendizado do aluno. “Tanto que muitas das experiências adotam a metodologia do bairro-escola e da cidade educadora”, afirmou Maria Estela Bergamin, gerente de projetos do Cenpec, instituição que coordenou tecnicamente a publicação.

As instituições também têm pensado em novas formas de gestão. Essa é uma das tendências para atuar na formação ampliada de crianças e adolescentes, segundo o relatório. “A educação integral requer a construção de uma rede de parcerias complexa. Não pode ser desenvolvida somente por um setor específico. Parcerias são essenciais, mas devem ser feitas quando há compartilhamento das mesmas intensões”, completou Maria Estela.

Para investir em uma educação articulada com diversas áreas do conhecimento, a gerente do Cenpec apontou que é necessário incluir os saberes da família e da comunidade na política pedagógica das escolas, tomando como ponto de partida o dia-a-dia dos estudantes.

De acordo com a pesquisa, arte e cultura continuam sendo as áreas de maior enfoque das atividades ligadas a educação integral. Em seguida vêm esportes e educação no mundo digital. Além disso, um ponto comum dos projetos analisados é que todos são implantados em locais de vulnerabilidade social, com a perspectiva da equidade.

Desafios

Durante o lançamento da pesquisa, a coordenadora de projetos da Fundação Itaú Social, Márcia da Silva Quintino, apontou os desafios da educação integral. Para ela, além de responder às demandas de gestão, é essencial investir na formação dos educadores. “Com este tipo diferenciado de educação, os muros da escola serão ampliados. Precisamos de flexibilidade e atenção para esses novos educadores”, disse.

A necessidade de reorganizar tempos, espaços e conteúdos foi outro desafio lembrado. “Buscar modos mais abertos de funcionamento para as instituições educativas, estabelecendo uma ponte entre local e global. A educação deve ser voltada para um mundo complexo e em constante mudança”, alertou Márcia.

“É possível trabalhar estratégias para desenvolver a capacidade dos alunos de adquirirem a tolerância à diversidade, por exemplo. O que evitaria casos de racismo e violência doméstica”, finalizou Maria Estela.

A escola e o contexto local


 FONTE: UOL

Anderson Benelli *

É muito comum ouvirmos educadores(as) e pais dizerem que a escola – e com escola quero dizer os seres humanos que a compõem e a cidade, uma vez que ela não é feita de concreto e sim dos seres humanos que formam essa sociedade - é nossa segunda casa e, por isso, devemos respeitá-la. Mas que casa é essa onde a palavra de ordem é não? Onde educandos(as) não podem exercer o seu direito a palavra e nem fazer nada no qual se reconhecem?

Os(As) educandos(as) não se reconhecem na escola, porque a escola ainda não se reconhece como parte da comunidade que está inserida. Se o museu é o mundo como diz o artista brasileiro Hélio Oiticica, a escola também o é. E é no mundo que se faz o processo de ensino/aprendizagem. Aprendemos em contato com o mundo e com o outro, como bem disse Paulo Freire.

Durante o debate “Além dos muros da escola que ocorreu no Terreiro Eu sou a Rua na 29ª Bienal de São Paulo”, uma educadora disse que a escola é desestimulante para os(as) alunos(as) por três fatores: é todo dia, é obrigatória e é um espaço coletivo. Por ser uma atividade rotineira em um espaço coletivo eu não posso expressar minha identidade como indivíduo? Isso não parece o suficiente para justificar o desinteresse de grande parte dos(as) educandos(as), já que durante toda vida convivemos coletivamente cumprindo com obrigações rotineiras. O ser humano chega ao mundo já inserido em uma pequena sociedade, a família. Depois vem o convívio com irmãos, parentes, amigos, desafetos, etc. Ou seja, obrigatoriamente vivemos todos os dias coletivamente e nem por isso a vida é desestimulante, a não ser que o indivíduo esteja sofrendo de desesperança e/ou depressão. A escola é o lugar onde fazemos novas amizades, lugar de encontros com colegas, amigos(as), namoradas(os). Como um lugar que proporciona tantas experiências 
e encontros interessantes pode ser tão desestimulante?

Infelizmente, muitas escolas ainda não se reconhecem como parte da comunidade, automaticamente, a comunidade não se reconhece na escola e, consequentemente, os(as) educandos(as) como indivíduos dessa comunidade também não. Ao que parece, os maiores responsáveis por esse ambiente opressivo em sala de aula que afasta os(as) educandos(as) são: o currículo, o projeto pedagógico e a metodologia de ensino de alguns professores, dos quais muitos também foram vítimas de um ensino/aprendizagem opressor. E exatamente por isso, uma parte considerável deles não tem consciência crítica desse fato. E por sofrerem com uma educação “bancária”, tratados como recipientes vazios a receberem conhecimento como depósito, acabam ensinando como aprenderam. 

Essa educação não interessa ao povo. Além de não estimular a reflexão, faz o oposto: a inibe, reprimindo a autonomia e a rebeldia, qualidades de valor imensurável no engajamento por mudanças. Essa educação resulta na preservação da hierarquia social. Porque “caminhos permitidos são rotas de escravidão e caminhos proibidos são rotas de libertação” (Fora de Frequência, 2010.), se repudia a rebeldia que estimula a autonomia e consciência crítica. Ou seja, essa educação “bancária” defende os interesses da classe dominante, inibindo a reflexão, a consciência crítica da realidade, a autonomia, o exercício da palavra dos oprimidos. Com isso, forma-se um povo domesticado, o que facilita a manipulação da opinião pública e a distorção da realidade social. Evita-se assim, que o povo enxergue as injustiças sociais e se rebele na luta por transformações contra um sistema social escravocrata.

Os muros que isolam a escola são muito mais que barreiras físicas, o muro físico é insignificante perto dos muros que muitos não conseguem ver, a escola ainda é uma instituição de controle onde indivíduos entram diferentes para saírem iguais. A igualdade que nós educadores(as) devemos buscar é a igualdade heterogênea, ou seja, a igualdade de respeito mútuo das diversidades e não a igualdade  de cultura homogênea. Como atender as necessidades das diversidades culturais dos(as) educandos(as) e tornar o ensino/aprendizagem mais significativo?

Precisamos ter como conteúdo de ensino o foco de interesse dos(as) educandos(as) em uma abordagem interdisciplinar e intercultural. O grande problema nesse sentido é que parte dos(as) professores(as) ainda temem as manifestações culturais de interesse dos jovens por terem sido ensinados a temerem a rebeldia e subversão. As manifestações juvenis, normalmente, são carregadas dessas duas qualidades, o que reforça a necessidade de serem exploradas. Pois, essas são qualidades indispensáveis para um ensino/aprendizagem que valoriza a autonomia e consciência crítica dos(as) educandos(as). Como citou Paulo Freire “está errada a educação que não reconhece na justa raiva, na raiva que protesta contra as injustiças, contra a deslealdade, contra o desamor, contra a exploração e a violência um papel altamente formador”.

Por que a rua atrai mais do que a escola?

Os(As) educandos(as) esperam da escola que ela seja um território de liberdade, essa expectativa aumenta quando o(a) aluno(a) também se sente oprimido em casa, e a escola deve ser esse território de liberdade. Porém, é importante que não confundamos liberdade com algazarra, a escola temendo a segunda se torna o oposto, um lugar de repressão.

A rua permite que o sujeito exercite sua autonomia resolvendo conflitos, vivenciando diversas experiências em contato com o outro e com a realidade com que se identifica e, através de diferentes manifestações exerça sua palavra e, consequentemente, seu direito de “ser mais”. Ou seja, a rua se torna esse território de liberdade onde o indivíduo pode fazer suas próprias escolhas com as quais se identifica, rebelando-se contra os dogmas instituídos por um sistema social opressor, o indivíduo se sente livre ou pelo menos se libertando. 

Mas, como fazer da escola um território de liberdade?

É preciso eliminar as fronteiras entre a rua e a escola, entre a realidade e a educação. Os(As) educadores(as) precisam tomar como temas de seus projetos pedagógicos o foco de interesse dos(as) educandos(as). A rua os atrai mais do que a escola porque essa propicia o contato direto com esses temas e com a realidade.

É contraditório se pararmos para pensar que os círculos de cultura filosóficos de Sócrates e seus companheiros foram a base referencial da academia, já que essa, parece fazer o oposto em sua proposta. Enquanto nos círculos filosóficos que geravam debates conceituais sobre a condição humana no mundo e em convívio com o outro, onde todos ouviam e exercitavam a palavra.

Nas escolas as carteiras são dispostas em fila com olhar dos(as) alunos(as) em direção ao mestre que, como um santo em um altar descarrega seu sermão que não deve ser interrompido pelos fiéis, deve ser ouvido sem questionamento porque o que ele diz é a verdade divina.

Nós educadores(as) precisamos repensar nossa prática de ensino/aprendizagem e nos apropriarmos das novas tecnologias, da rua e da realidade. E, a partir dos focos de interesse dos(as) educandos(as), problematizar nossa condição social no mundo com o outro, derrubando as fronteiras entre educação e realidade, escola e comunidade, educadores(as) e educandos(as). Assim, conseguiremos fazer do processo de ensino/aprendizagem algo realmente significativo, tanto para educandos(as) quanto para educadores(as), transformando a escola em um lugar de pertencimento, não só do educando(a) mas, de toda comunidade, formando sujeitos conscientes e engajados em busca de mudanças e melhores condições sociais para todos.
http://andersonbenelli.blogspot.com/2011/03/educacao-e-comunidade.html, blog do autor.

Suco de caixinha tem mais açúcar que refrigerante

Suco de caixinha tem mais açúcar que refrigerante: "
Em média, os sucos vendidos em caixinha têm mais açúcar do que os refrigerantes. Dependendo da marca, um suco de uva, por exemplo, pode ter até 70% a mais de açúcar do que um guaraná.

Essa é uma das conclusões de um estudo divulgado nesta quinta-feira (18) pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que comparou a quantidade de açúcares, sódio e gorduras em diversos alimentos industrializados de várias marcas.

Na média, os refrigerantes de cola ou guaraná apresentam um teor de açúcar de 10 g em um copinho de 100 ml. Os sucos, entre 11 g e 11,7 g, em média, dentro do mesmo recipiente. As diferenças maiores, porém, foram detectadas na comparação entre marcas e sabores.

Foi constatado, por exemplo, que entre os sucos com concentração de polpa entre 30% e 50%, o de manga é o que tem menor quantidade de açúcar: foi detectado uma concentração de 9,8 g por 100 ml. No mesmo tipo de suco, sabor uva, o teor de açúcar era de 14,5 g.

O néctar, tipo de suco com concentração de polpa menor (entre 20% e 30%) apresentaram, em média, quantidade de açúcar menor (11g, contra 11,7g dos sucos mais concentrados).

Neste caso, também houve diferença entre marcas e sabores. Os de laranja, maçã e pêssego, por exemplo, tinham média de 11 g de açúcar por 100 ml. Os de uva, novamente, tinham mais, 14g/100 ml.

Nos refrigerantes, também há variação de açúcar dependendo da marca. Entre quatro fabricantes de guaraná, por exemplo, houve uma marca que registrou 8,5 g de açúcar em 100 ml analisados, o menor valor. Outra marca, apresentou 11,3g/100ml, a maior concentração.

O estudo completo está disponível no site da agência

Fonte: http://noticias.r7.com/saude/noticias/suco-de-caixinha-tem-mais-acucar-que-refrigerante-20101118.html
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20 novas espécies são descobertas nas ilhas Canárias

20 novas espécies são descobertas nas ilhas Canárias: "


Nessa sexta feira a organização internacional Oceana, dedicada à proteção e conservação dos oceanos, divulgou um censo que catalogou a biodiversidade nas ilhas Canárias, território da Espanha e avisou que foram encontradas 20 novas espécies no local.

A expedição foi realizada em 2009, mas o resultado só foi divulgado agora. Nele foram encontradas novas esponjas do mar, corais, ostras gigantes, peixes exóticos e até algumas arrias que eram consideradas extintas. Ao todo, o estudo identificou cerca de 500 espécies na região.

O evento de apresentação do censo foi em Madri, onde a Oceana aproveitou para exibir um documento de 42 medidas de proteção aos 74 mil quilômetros quadrados das reservas marinhas nas ilhas Canárias. Atualmente só 0,15% do bioma marinho da região está protegido, a organização quer que esse número suba para 15%.



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O impacto do racismo na infância

O impacto do racismo na infância: "
Ana Márcia Diógenes - Coordenadora do UNICEF (CE, PI e RN)

Como uma pessoa se torna preconceituosa? Como uma pessoa se torna racista? Todas as crianças nascem 'zeradas' em termos de pensamento ou comportamento de segregação, mas, com o passar do tempo, dependendo de influências ou vivências, podem acumular um volume de lógicas e raciocínios que redundam no não reconhecimento do outro, quando este outro é de raça ou cor diferente da sua. Pais, parentes e professores, pelo papel que têm na formação da criança, são responsáveis para que um cidadão aprenda a respeitar, desde cedo, a diversidade étnico-racial.

Mesmo a prática do racismo sendo crime inafiançável e imprescritível, segundo a Constituição de 1988, em seu art. 5º - inc. XLII, ainda assim é comum assistirmos falas e declarações de conteúdo racista como algo 'comum' em tom de brincadeira, ou de piadas. Isso tem se reproduzido de geração a geração e passado de pai para filho, como se fosse um costume de família. Dessa forma 'natural', em tom de brincadeira, poucos assumem o preconceito, mas os efeitos na formação de uma criança são concretos: ela passa a não compreender a riqueza da diferença e a igualdade dos direitos entre as pessoas. São impactos visíveis na vida de crianças e adolescentes negros, indígenas e brancas.

O como agência da ONU que tem a missão de defender direitos de crianças e adolescentes, lança, dia 29 de novembro, uma campanha em nível nacional para alertar sobre o impacto do racismo na vida de milhões de crianças e adolescentes e contribuir para promover iniciativas que contribuam com a redução das disparidades. No Rio Grande do Norte, o lançamento acontece dia 30 de novembro, na Assembléia Legislativa.

Os números falam por si. No Brasil vivem 31 milhões de crianças negras e 160 mil indígenas, ou seja, 54,5% das crianças são negras ou indígenas. Um dado que assusta e que revela as disparidades: 65% das crianças pobres são negras. Quando se analisam números da mortalidade infantil, de crianças fora da escola ou de mortes de adolescentes negros, fica ainda mais explícita a necessidade de alertar a sociedade e mobilizar para que sejam asseguradas a equidade e a igualdade étnico-racial desde a infância.
A campanha sobre o racismo na infância foi desenvolvida com o objetivo de contribuir para rever o imaginário, principalmente quebrar a comodidade da falsa afirmação de que não existe racismo no Brasil; ajudar a promover o respeito entre as pessoas e práticas que combatam a discriminação, colaborando para a afirmação das identidades de crianças indígenas, negras e brancas.

Entre os resultados esperados, está o aumento do reconhecimento sobre os efeitos do racismo na vida de crianças e adolescentes e da valorização de direitos, identidades e da diversidade cultural. Em nível de políticas públicas, o que se espera é a formulação e implementação de ações voltadas para a redução das disparidades na educação, saúde e proteção dos direitos.

O conceito de equidade, ou seja, a disposição para que o direito do outro seja reconhecido de forma imparcial e igualitária, é o que move a campanha. E é o que se espera que seja percebido como valor a ser cultivado na educação de crianças e adolescentes, para que gerações de crianças e adolescentes negros e indígenas, que passaram séculos à margem de políticas públicas, sejam efetivamente reconhecidos na categoria de sujeitos de direitos.

Fonte: Geledés
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Fotografias da atividade realizada pelos alunos da turma 1801 da Escola Municipal Ponte dos Jesuítas - 10ª CRE

Fotografias da atividade realizada pelos alunos da turma 1801 da Escola Municipal Ponte dos Jesuítas - 10ª CRE: " Alunos da turma 1801 da Escola Municipal 10-19-045 PONTE DOS JESUÍTAS, em companhia do professor de História, Antonio Carlos Suzano, à esquerda (de camisa verde) da coordenadora pedagógica Priscilla e do professor de Matemática Wilson, em foto tirada no dia 1º de abril de 2011, em frente à escola, antes do início da caminhada em direção à PONTE DOS JESUÍTAS. Na saída da escola, o professor Antonio Carlos (à direita) explica aos alunos da turma 1801 como será desenvolvida a atividade, com visita ao Monumento em homenagem ao Saneador, passagem pela ponte do Rio Guandu e visita à PONTE DOS JESUÍTAS, monumento histórico tombado em 1938 pelo IPHAN. Professor Wilson (camisa amarela) com os alunos da turma 1801 em direção à Ponte dos Jesuítas, que pode ser vista parcialmente à esquerda.

Professor Wilson em companhia dos alunos da turma 1801, observando o Monumento que presta homenagem aos operários que trabalharam nas obras de saneamento da Baixada de Sepetiba,no final da década de 1930 e início na década de 1940.







Professor Antonio Carlos Suzano explicando aos alunos da turma 1801 como funcionava o sistema de comportas da Ponte dos Jesuítas, no século XVIII.







Após explicar aos alunos da turma 1801, como funcionava o sistema de represamento das águas do Rio Guandu para irrigação e drenagem dos campos da Fazenda de Santa Cruz, o professor Antonio Carlos se dirige com a turma para o passadiço central da Ponte dos Jesuítas.



Alunos da Turma 1801 observando a parte lateral da Ponte dos Jesuítas em companhia do professor de História Antonio Carlos Suzano.



Professor Antonio Carlos Suzano falando sobre o papel desempenhado pelos padres da Companhia de Jesus, os chamados 'Jesuítas', na catequese dos índios e a contribuição que eles deram para a fundação de algumas cidades brasileiras,como São Paulo.



No passadiço central da Ponte dos Jesuítas, o professor de História Antonio Carlos Suzano explica aos alunos da turma 1801 o significado do dístico latino existente no brasão esculpido em granito, que era uma espécie de mensagem de fé aos viajantes que por ali passavam e que deveriam fazer reverência e orações a Deus, simbolizado pelas letras I.H. S (Jesus Homem Salvador).





A coordenadora pedagógica da Escola Municipal Ponte dos Jesuítas, Priscilla, em companhia do professor Wilson, de Matemática, (à esquerda) e dos alunos da turma 1801, em aula de educação patrimonial ministrada pelo professor de História Antonio Carlos Suzano na histórica PONTE DOS JESUÍTAS, construída em 1752 e tombada pelo IPHAN em 1938.









Ponte dos Jesuítas vista da Estrada do Frutuoso.















Ponte dos Jesuítas, vista lateral com parte dos arcos alagados após dias chuvosos.





O professor Antonio Carlos e alguns alunos da turma 1801 fizeram questão de descer os degraus da escada existente no passadiço da histórica Ponte dos Jesuítas.



Seria a abertura para o hipotético 'túnel' interligando o atual bairro dos Jesuítas com Santa Cruz, ou apenas uma entrada para compartimento onde eram guardadas as ferramentas e também servia como acesso para os reparos nas roldanas das comportas?



Sinvaldo do Nascimento Souza



Professor Representante da 10ª CRE no RIOEDUCA .





Fotos tiradas no dia 1º de abril de 2011, durante a aula de Educação Patrimonial ministrada pelo professor de História ANTONIO CARLOS SUZANO, da Escola Municipal 10-19-045 PONTE DOS JESUÍTAS.

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Estados Unidos aumentam número de alunos em sala de aula

Estados Unidos aumentam número de alunos em sala de aula: "

The New York Times

Orçamentos mais apertados levam escolas públicas a demitirem professores

Milhões de estudantes de escolas públicas dos Estados Unidos estão vendo suas turmas ficarem cada vez maiores por causa dos cortes no orçamento e demissões de professores, prejudicando ações tomadas ao longo de décadas por pais, gestores e políticos para reduzir a dimensão das turmas.


Nos últimos dois anos, Califórnia, Geórgia, Nevada, Ohio, Utah e Wisconsin abandonaram as restrições sobre o tamanho das turmas. E Idaho e Texas estão debatendo como fazer para colocar mais alunos nas salas de aula.


'Como muitos Estados estão enfrentando graves problemas de orçamento, veremos ainda mais aumentos nesse outono', disse Marguerite Roza, professora da Universidade de Washington que estudou o impacto da recessão sobre as escolas.


Os aumentos estão revertendo uma tendência que se estende há décadas de buscar turmas menores. Desde 1980, professores e outros educadores abraçaram pesquisas que concluíram que as classes menores promovem um ensino melhor.


Rachael Maher, professora de matemática em Charlotte, Carolina do Norte, disse ter percebido a diferença entre as classes menores e maiores. Ela viu suas classes da sétima série aumentarem desde que o sistema de ensino teve problemas de orçamento. Antes, as suas classes tinham em média 25 alunos, este ano a média é de 31.


'Eles dizem que isso não afeta se as crianças têm o que precisam, mas eu discordo totalmente', disse Maher. 'Se você ganhou cinco crianças, são cinco novos trabalhos para avaliar, cinco crianças que precisam de trabalho complementar se faltarem, cinco pais a mais para contatar, outros cinco emails para responder. Fica difícil”.


Randi Weingarten, presidente da Federação Americana de Professores, disse que uma série de pesquisas mostrou que os pais se preocupam mais com turmas pequenas do que qualquer coisa, exceto a segurança da escola.


Mas os cortes orçamentais estão obrigando as escolas a aumentar a dimensão das turmas, colocando aqueles que defendem classes menores na defensiva.


Leonie Haimson, diretor executivo do grupo Class Size Matters, disse que muitos Estados aprovaram políticas que limitam o número de estudantes por sala no final dos anos 1980 e começo dos anos 1990.


'Mas agora, na maioria dos Estados, você está vendo aumentos definitivos nas turmas por causa da recessão e dos cortes de orçamento', disse Haimson. 'Infelizmente, vimos também o surgimento de uma narrativa que se tornou dominante na reforma do ensino que insiste que o tamanho das turmas não importa'.


Aqueles que apoiam essa noção incluem a secretária da Educação Arne Duncan, que no último domingo disse a governadores reunidos em Washington que considerem o pagamento de bônus para que os melhores professores aceitem estudantes extra.


Duncan disse que prefere colocar seus filhos em idade escolar em uma sala de aula com 28 alunos liderados por um 'professor fantástico' do que em uma com 23 e um professor 'medíocre'.

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ATIVIDADES DE COORDENAÇÃO MOTORA FINA

ATIVIDADES DE COORDENAÇÃO MOTORA FINA: "
























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O Cristo Redentor abraça as pessoas com autismo!

O Cristo Redentor abraça as pessoas com autismo!: "



Alessandra é #profpcrj, seu filho Gabriel e o Prefeito Eduardo Paes.



Amigos,

Está confirmada a “Caminhada Pela Conscientização
do AUTISMO'

Repassando...

Dia 03/04/2011
Local :Leblon – Orla Descida da Niemayer
Concentração : 9:00 h
Saída : 10:00 h
Amigos do Rio de Janeiro , por favor , compareçam
em peso a esta caminhada ;
É muito importante à participação e adesão de
todos .
Precisamos nos unir !!!
Pedimos que as pessoas vistam AZUL !!!!!

Levem seus filhos!

Levem patins, patinete, bicicleta, bola, brinquedos... Mas vá!

Vamos mostrar nossas crianças, este dia é delas!

Acima de tudo um dia de alegria por termos esta oportunidade de mostrar nossos
filhos ao mundo e que acima de tudo eles tem pais e famílias que os amam e
lutam por eles!!!

E vamos
marcar esta data no calendário de eventos do RJ!
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