quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ferreira Gullar participa da premiação do projeto Poesia na Escola

O poeta entregou os prêmios a alunos, professores e funcionários da rede

24/11/2010 » Autor: Juliana Gomes


Os alunos, professores e funcionários da rede municipal de ensino foram premiados pelo projeto Poesia na Escola nesta quarta-feira (dia 24), na sede da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Centro. Na cerimônia, os profissionais ganharam o livro Em alguma parte alguma, das mãos do próprio autor, o poeta Ferreira Gullar, e os alunos selecionados receberam o livro Antologia de Poesia Brasileira para Crianças. O evento também contou com a participação do acadêmico Ivan Junqueira. O concurso faz parte do programa Rio, uma cidade de leitores, cujo objetivo é estimular o hábito da leitura literária por prazer nos alunos e profissionais da rede municipal.

Durante todo o ano de 2010, as escolas da rede adquiriram livros de poesia de autores renomados e de estilos diferenciados. A partir das obras, os professores de sala de leitura trabalharam as características da poesia com os alunos de 3º, 4º e 5º anos. Os melhores trabalhos dos alunos e também dos professores e funcionários foram encaminhados às Coordenadorias Regionais de Educação (CREs), que fizeram a primeira seleção. Os 101 alunos e 97 profissionais premiados, escolhidos pela Secretaria Municipal de Educação, formaram duas coletâneas de poesias, que foram distribuídas na cerimônia.

A professora Anila Francisca Márcio da Silveira, da Escola Municipal Gastão Penalva, em Campo Grande, representou os professores premiados lendo a poesia Licença Poética, de sua autoria. Já a auxiliar administrativa Maria de Fátima Carvalho Borges, da Escola Municipal Jenny Gomes, no Rio Comprido, representou os funcionários com a obra Desalinho.

O poesia do aluno Lucas Nunes da Silva de Lima, de 10 anos, da Escola Municipal Padre José de Anchieta, na Ilha do Governador, emocionou o poeta Ferreira Gullar. No texto Minha Família, o aluno do 5º ano fez uma homenagem a seus familiares.

– É difícil expressar o que estou sentindo aqui hoje. A poesia do aluno Lucas é de uma simplicidade e sutileza impressionantes. Com pouca vontade, a poesia já se infiltra na vida das pessoas – observou o poeta Ferreira Gullar.

A professora de sala de leitura da Escola Padre José de Anchieta, Shirley de Souza Costa, conta que um dos benefícios da poesia na aprendizagem é a ampliação do vocabulário deles.

– Ao longo do ano nós trabalhamos as características dos textos poéticos por meio dos textos dos autores Cecília Meirelles, Elias José, Roseana Murray e, também, do próprio Ferreira Gullar. É incrível como a poesia melhora a capacidade de interpretação de textos nos alunos e enriquece o vocabulário deles – afirmou a professora.

Uma das principais ações do programa Rio, uma cidade de leitores é a Biblioteca do Professor, que tem como objetivo incentivar a composição de uma biblioteca particular dos professores e agentes auxiliares de creche. A Secretaria Municipal de Educação oferece uma lista de livros de literatura nacional e estrangeira e, por meio de votação online, os profissionais escolhem as obras que querem receber, uma nacional e outra estrangeira. Neste bimestre, um dos livros que os profissionais irão receber é Antologia Poética, de Ferreira Gullar.

Prazo para usar carta de crédito imobiliário termina no dia 30

Objetivo é que todas as escrituras sejam assinadas até o fim de 2010

O prazo para os servidores que receberam a carta de crédito imobiliário do programa de 2010 do PREVI-RIO realizarem a compra do imóvel termina no próximo dia 30. O instituto será rigoroso com as datas, para garantir que a aceitação futura das cartas não seja afetada por atrasos. O objetivo é que todas as escrituras sejam assinadas até o final do ano, com o pagamento aos compradores no ato da assinatura.

Prefeitura encaminha pessoas com deficiência a 510 vagas de emprego

24/11/2010


Pessoas com deficiência física leve, auditiva ou visual parcial, inscritas em um dos três postos de atendimento da Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego, estão sendo encaminhadas a 510 vagas de empregos oferecidas por empresas comerciais do Rio.


Para os candidatos que tem o ensino fundamental completo, há vagas de servente de limpeza e auxiliar de escritório. Já para aqueles que têm o ensino médio completo há vagas para operador de telemarketing com carteira de trabalho, Identidade, CPF e declaraçao de escolaridade. Os interessados podem procurar um dos centros públicos de emprego trabalhos e renda: na Tijuca, Rua Camaragibe, 25 ; Jacarepagua, Estrada do Guerengue. 1.630, 2º andar, e em Campo Grande , Rua Barcelos Domingo , 162

Indicadores de educação avançaram nos últimos 4 anos, mas em ritmo insuficienteSeg, 22 de Novembro de 2010 15:13

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Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social apresenta diagnóstico sobre as desigualdades na educação e estabelece a área como fator estruturante para o novo ciclo de desenvolvimento em curso no país


Nos últimos quatro anos, as desigualdades na escolarização no Brasil foram reduzidas, mas em ritmo extremamente lento. Se o país melhorou a média de anos de estudo da população de mais de 15 anos de idade e ampliou o acesso à educação infantil, pouco avançou na inclusão de jovens no ensino médio, e viu crescer no período a taxa de jovens de 18 a 24 anos fora da escola.


O Observatório da Equidade, do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), apresentou nesta quinta-feira, 18, dados preliminares de seus relatórios anuais sobre desigualdades na educação e no sistema tributário nacional. A versão final dos documentos será apresentada em dezembro, na próxima sessão do Pleno, e entregue ao presidente Lula e à presidenta eleita, Dilma Rousseff.


Esta é a quarta edição do relatório sobre iniquidades na educação e o segundo que trata do caráter injusto do sistema tributário nacional. Em 2005, o conselho apresentou à presidência da república uma agenda de desenvolvimento na qual a educação, juntamente com a reforma tributária, eram as principais diretrizes.


A partir da crise internacional (de 2008-2009), e da avaliação dos conselheiros de que o Brasil já entrou em um novo ciclo de desenvolvimento, a agenda foi revista. “Nessa segunda agenda, foi renovada a prioridade sobre educação e avançou-se no reconhecimento estratégico da educação para o país”, afirmou o conselheiro Clemente Lúcio Ganz.


Anos de estudo
Nos últimos quatro anos, a média de anos de estudo da população acima de 15 anos subiu apenas meio ano – de 7 anos, em 2005, avançou para 7,5, em 2009, de acordo com dados da PNAD. A desigualdade regional, no entanto, persiste: no sudeste, a média avançou de 7,7 para 8,2, enquanto o nordeste subiu de 5,6 para 6,3 anos.


Nos dois casos, porém, a média de anos de estudo ainda está distante do que se espera para a educação básica dos brasileiros. A emenda constitucional nº 59, aprovada no ano passado, estabelece a obrigatoriedade de 14 anos de estudo (dos 4 aos 17), meta que a presidenta eleita Dilma prometeu atingir até 2014.


As desigualdades com relação à cor de pele e entre o meio urbano e rural também não diminuíram. Em 2005, a população branca apresentava uma média de anos de estudo de 7,8 anos, e passou para 8,4 anos em 2009. Já para a população preta ou parda, a média era de 6 anos, e subiu para 6,7. No meio rural, a média de anos de escolarização é a mais baixa: apenas 4,9 anos, contra 8 do meio urbano. Ambas subiram cerca de meio ano com relação a 2005 – ou seja, a distância entre os dois se manteve.

Educação infantil
Entre as crianças de 4 e 5 anos, 63% frequentavam a pré-escola em 2005, e 70% em 2009. Apesar dos avanços, o Conselho aponta que um milhão e meio de crianças nessa faixa etária ainda está fora da escola.


A taxa de frequência às creches avançou cinco pontos percentuais desde 2005, mas o atendimento continua em um nível muito baixo: apenas 18,4% das crianças de 0 a 3 anos tem acesso a creches. A desigualdade entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres é expressiva, nessa etapa: 36,3% entre os que têm mais renda frequentam creche, contra uma taxa de 12,2% entre os mais pobres.


Augusto Chagas, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e conselheiro do CDES que realizou a apresentação dos dados de educação, apontou em sua fala outros indicadores que ainda não constam do relatório.


Segundo Chagas, o Brasil avançou de forma significativa no número de bibliotecas e na informatização das escolas, mas ficou estagnado na marca de laboratórios e quadras esportivas. Além disso, ele lembrou da questão da valorização dos profissionais da educação: vários estados não cumprem o piso salarial nacional, que é objeto de lei.

Autonomia Carioca forma mais de 7.000 alunos da rede municipal

A nota média na prova bimestral de Matemática dos alunos do programa foi superior à média da rede


24/11/2010 » Autor: Juliana Gomes


A secretária municipal de Educação, Claudia Costin, participou, nesta terça-feira (dia 23), da primeira formatura do programa Autonomia Carioca, no Maracanãzinho. Criado em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o projeto tem como objetivo corrigir a defasagem idade-série de mais de 7.000 do 7º e 8º anos da rede. Com o programa, esses alunos conseguiram concluir o Ensino Fundamental. De acordo com a secretária Claudia Costin, os jovens atendidos pelo programa eram candidatos à reprovação e à evasão escolar.


– Com material didático específico para a faixa etária deles e aulas ministradas pelos nossos professores, capacitados pela Fundação Roberto Marinho, nós resgatamos a autoestima e motivamos esses alunos a ir para o Ensino Médio – comemorou a secretária Claudia Costin.


Os alunos considerados defasados são aqueles que têm dois anos ou mais do que a idade correta para cada série. Para a realização do Autonomia Carioca, 330 professores da rede municipal foram capacitados na metodologia Telessala, da Fundação Roberto Marinho. O trabalho em 205 escolas da rede foi iniciado em fevereiro e, desde então, os alunos aprenderam os conteúdos de todas as disciplinas dos 7º, 8º e 9º anos por meio de recursos audiovisuais. A nota média na prova bimestral de Matemática desses alunos foi 5,8, enquanto a média dos alunos da rede foi 4,2.


Durante a cerimônia, que contou com depoimentos de alunos e professores sobre o sucesso do programa, a secretária Claudia Costin informou, também, que o projeto será ampliado para 28 mil alunos dos 6º, 7º e 8º anos em 2011.


Aluna da Escola Municipal Ministro Alcides Carneiro, em Campo Grande, Edilane de Paula Sá, de 18 anos, afirmou que não esperava tantas mudanças com a sua entrada no programa.


– No começo, achei estranho. Pensei que era só chegar, sentar na sala de aula e começar a copiar o conteúdo. Mas as aulas do Autonomia Carioca são muito legais. A gente assiste às teleaulas e depois discute em dinâmicas de grupo. Agora, todo mundo na escola que chamava a nossa turma de defasada quer participar do programa – observa a aluna, emocionada.


Já o aluno Rodrigo Fernandes, de 17 anos, da Escola Municipal Gurgel do Amaral, na Ilha do Governador, não gostava de estudar e não via importância em ir à escola.


– Eu só matava aula, detestava estudar. Repeti duas vezes o 7º ano e estava quase largando a escola. Agora eu acordei e quero fazer quatro faculdades: Gastronomia, Dança, Turismo e Administração – afirma o aluno, que com orgulho anunciou que tirou 9 na última prova bimestral de Português e 8 em Matemática.

Projeto reduz em 70% a evasão escolar

Projeto reduz em 70% a evasão escolar

Bolsa Carioca dará bônus a bom aluno

Complemento do Bolsa Família começa a ser pago no Rio dia 17. Filho com nota boa terá R$ 50 por bimestre a partir de abril

POR RICARDO ALBUQUERQUE - O DIA


Rio - Mais de 98 mil famílias do município do Rio começam a receber hoje pelo correio o Cartão Família Carioca, com o qual será possível sacar o auxílio Bolsa Carioca — complemento do Bolsa Família do governo federal, disponível a partir do dia 17 nas agências da Caixa Econômica. O valor varia de R$ 20 a R$ 70, conforme a renda mensal per capita de cada família. Em 2011, o benefício poderá aumentar, dependendo dodesempenho escolar dos filhos.

A prefeitura está usando o mesmo cadastro federal para atingir 61,25% dos inscritos no Bolsa Família na cidade, ou seja, só famílias pobres e em situação de extrema pobreza. Para tentar reduzir a evasão escolar e melhorar as notas de crianças e adolescentes até 17 anos, a partir de abril, filhos de famílias inscritas no Cartão Família Carioca poderão receber R$ 50 por bimestre. Para ter direito, é preciso frequência escolar mínima de 90%,responsáveis presentes nas reuniões da escola e melhoria de 20% nas notas. Nas Escolas do Amanhã, a exigência é 15% de melhora.

O Cadastro Único do Bolsa Família indica que as famílias mais pobres da cidade moram em Santa Cruz, Campo Grande, Bangu, Paciência, Guaratiba e Realengo. Nos cinco bairros da Zona Oeste, a prefeitura identificou 25.901 famílias abaixo da linha da pobreza, que representam 24,38% do total. Só em Santa Cruz, são 7.174 famílias.

“Com esse programa, abriremos um debate que pode melhorar a eficiência do Bolsa Família nacional. Temos os mecanismos para que o Cartão Família Carioca tenha sucesso e para que consigamos fazer com que o Rio alcance os resultados positivos que o Bolsa Família levou para todo o País”, disse Pedro Paulo Carvalho, chefe da Casa Civil.

DIRETO DO TWITTER

Claudia Costin
Até 2015 tds as escolas do Rio terão turno único de 7 horas. Não será fácil implantar, mas valerá a pena. Crianças terão + tempo p aprender

Claudia Costin
RT @: pode avançar e definir meta de redução da emissão de gases

Rioeduca.net
RT @: RT @: Hoje na História: 1859 - Charles Darwin publica 'A Origem das Espécies'




7.320 alunos ficam sem aulas por conta de ataques criminosos no Rio, diz secretaria

DIANA BRITO - Folha
DO RIO

Pelo menos 7.320 alunos ficaram sem aulas na tarde desta terça-feira por conta da megaoperação da Polícia Militar que tenta conter a onda de ataques criminosos no Rio. A Secretaria Municipal de Educação informou que dez escolas permanecem fechadas desde o início da tarde na capital, sendo três na Penha, seis em Olaria e uma em Manguinhos, na zona norte.

Também em Manguinhos, duas escolas e um EDI (Espaço de Desenvolvimento Infantil) estão funcionando com baixa frequência de alunos. O órgão disse que não tem previsão de reabertura das escolas e a volta às aulas vai depender da direção de cada unidade, por conta do risco de balas perdidas. Já a Secretaria Estadual de Educação informou que ainda não tem registro de interrupção de aulas na rede estadual.

O porta-voz da PM, tenente-coronel Henrique Lima Castro, afirmou que PMs realizam uma megaoperação em 18 favelas do Rio por tempo indeterminado. São elas: Varginha, Mandela 1, 2 e 3, em Manguinhos; Nova Holanda e Parque União, no complexo da Maré; Parque Arará, em Benfica; Jacarezinho, no Jacaré; Cutia e morro do Encontro, no Grajaú; Tuiuti e Barreira do Vasco, em São Cristóvão; Vila Joaniza e Barbante, na Ilha do Governador; e na Vila Cruzeiro, na Penha; além do Chapadão, em Barros Filho, zona norte da cidade. As favelas Fallet e Fogueteiro, em Santa Teresa, no centro, também estão ocupadas.

O coronel Marcus Jardim, comandante do 1º CPA (Comando de Policiamento de Área), que coordena as ações em uma base montada no 22º Batalhão (Maré), próximo à Linha Vermelha, fez um balanço parcial das operações e disse que um suspeito que trocava tiros com a polícia morreu, na favela Mandela 1, sete pessoas foram presas e 50 kg de maconha foram apreendidos.

Por volta das 12h, também houve tiroteio entre criminosos e policiais na favela Vila Cruzeiro, na Penha. Ainda não há informações de feridos ou presos na região.

VIOLÊNCIA

Desde o fim de semana, criminosos fazem arrastões e queimam carros no Rio. Ontem, o secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame, disse que novos ataques podem acontecer de "traficantes emburrados", em retaliação às UPPs e a transferência de presos para presídios federais.

Nesta terça, quatro rapazes --dois deles adolescentes-- foram detidos com bombas caseiras em Copacabana, zona sul do Rio. Segundo a Polícia Militar, eles são acusados de tentar instalar os artefatos explosivos embaixo de dois veículos no bairro.

Entre a noite de ontem e esta terça-feira, uma cabine da PM foi atingida por tiros e carros foram queimados. Na via Dutra --que liga o Rio a São Paulo--, carros foram queimados, e duas pessoas ficaram levemente feridas na altura do bairro da Pavuna (zona norte).

Já no início da manhã desta terça-feira, duas pessoas morreram e uma ficou ferida após um carro ser atingido por tiros na avenida Washington Luís, na altura de Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Em Araruama, região dos Lagos, dois PMs foram mortos ontem à noite. Nos dois casos, a polícia investiga a possível ligação entre com os recentes ataques.

Prefeito do Rio abre campanha contra o HIV e anuncia apoio à Sociedade Viva Cazuza

Prefeitura vai doar R$ 100 mil por mês para a instituição que cuida de crianças


23/11/2010


Beth SantosO prefeito Eduardo Paes, acompanhado pelo secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, participou nesta terça-feira, 23, do coquetel de lançamento da campanha "A Moda na Luta contra o HIV", realizado no Palácio da Cidade, em Botafogo. Promovido pelo estilista Carlos Tufvesson, o evento também reuniu personalidades como João e Lucinha Araújo, pais do cantor Cazuza, e crianças da Sociedade Viva Cazuza.

Em seu discurso, o prefeito do Rio destacou o preconceito que envolve a discussão sobre doenças sexualmente transmissíveis:

- Quando se fala de doenças sexualmente transmissíveis - e a Aids é a mais conhecida delas -, muitos as associam aos homossexuais. É preciso entender que as DST atingem aqueles que praticam o sexo não-seguro, independente de opção sexual. Trata-se de uma questão de saúde pública - afirmou o prefeito, que anunciou, por intermédio da Secretaria de Saúde, a doação de R$ 100 mil mensais à Sociedade Viva Cazuza, presidida por Lucinha.

Beth Santos- A Lucinha é a grande personalidade do tema Aids, que transformou o trauma de ter perdido seu filho em força para criar uma instituição e de apoio a quem precisa. Estamos resgatando o auxílio a uma entidade que contagiou o Brasil com seu trabalho - concluiu o prefeito.

O secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, também classificou o tema como de "extrema relevância" na área da Saúde, e falou da importância da Sociedade Viva Cazuza:

- Que nossa contribuição possa melhorar, ainda mais, o trabalho comandado pela Lucinha - disse Dohmann.

Emocionada e surpresa com a apoio da Prefeitura do Rio, Lucinha Araújo comemorou o grande anúncio da noite:

- Foi uma surpresa e tanto, adorei. Precisávamos muito desse apoio para ajudar mais pessoas - falou Lucinha.

Beth SantosPromovida pelo renomado estilista Carlos Tufvesson, presente ao evento, a campanha entra em sua 9ª edição com um concurso de vitrines - do qual participarão 20 grifes cariocas de Ipanema - que terá como tema o laço vermelho, símbolo da luta contra a Aids. Além disso, as lojas venderão kits, no valor de R$ 50, compostos por necessaire e uma sandália. A renda obtida com a venda desses kits sera revertida para a Sociedade Viva Cazuza.

O estilista Carlos Tufvesson definou sua campanha.

- Procuramos passar uma mensagem clara, direta, sem dogmas ou preconceitos. Conto com a parceria de amigos queridos, que emprestam seus talentos para ajudar o próximo - disse Tufvesson, que convidou a todos para a missa em solidariedade aos soropositivos que será realizada no próximo dia 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids, no Cristo Redentor.

Texto: Flávia David

Fotos: Beth Santos

Educação premia alunos e professores do projeto Poesia na Escola

A Secretaria Municipal de Educação premia alunos e professores participantes do projeto Poesia na Escola, nesta quarta (dia 24), às 10 horas, na Academia Brasileira de Letras (ABL), com a presença do poeta Ferreira Gullar. A ação faz parte do programa Rio, uma cidade de leitores, que tem como objetivo o incentivo à leitura por prazer, pelos alunos e professores da cidade do Rio de Janeiro.









Os alunos com poesias selecionadas receberão o livro “Antologia de poesia brasileira para crianças” e os profissionais da rede receberão o livro “Em alguma parte alguma” de Ferreira Gullar, presente na premiação, na ABL. O projeto inclui a edição de duas coletâneas com as poesias selecionadas pela Secretaria Municipal de Educação, a primeira com poesias de alunos e a segunda com as poesias de profissionais da rede (professores e funcionários). As coletâneas também irão compor o acervo das Salas de Leitura. A premiação contará ainda com uma apresentação lítero-musical.









Durante todo o ano de 2010, as escolas adquiriram livros para compor seu acervo das Salas de Leitura, com poesias de autores renomados e de estilos diferenciado. O projeto Poesia na Escola é uma das ações do programa Rio, uma Cidade de Leitores, promovido pela Secretaria Municipal de Educação, com o objetivo de promover a leitura literária entre alunos e professores.





Simpósio questiona conceito da dislexia como uma doença

GUILHERME GENESTRETI
DE SÃO PAULO

O diagnóstico da dislexia, transtorno neurológico que compromete o aprendizado das palavras e a leitura, está dividindo os especialistas.

De um lado, médicos e psicólogos reunidos em simpósio internacional para debater o que chamam de "supostos distúrbios" contestam a presença de marcadores biológicos na dislexia e no transtorno do deficit de atenção e hiperatividade.

Do outro, entidades como a ABD (Associação Brasileira de Dislexia) tratam o transtorno disléxico como "uma questão de saúde pública", que pode afetar até 15% da população mundial.

Para Steven Strauss, neurologista do hospital Franklin Square, em Baltimore, EUA, são tantas as variáveis do processo de alfabetização de uma criança que seria perigoso resumi-las em uma só.

"O ato de ler só seria uma questão médica se a base biológica da dislexia pudesse ser demonstrada", afirmou.

Strauss afirma que mesmo as imagens de ressonância magnética não podem detectar a presença da doença.

"Quando a pessoa é submetida ao aparelho, ela é estimulada a ler apenas letras e palavras fora de seu contexto. Não dá para medir a incapacidade de uma pessoa dessa forma", afirma.


Editoria de Arte/Folhapress

PARA A VIDA TODA

A psicóloga Rosemari Marquetti de Mello, presidente da Associação Brasileira de Dislexia,

tem posição oposta.

"O diagnóstico do distúrbio é difícil, complexo e não pode ser fechado por um único médico, mas por uma equipe multiprofissional."

Ela diz lamentar o fato de a associação não ter sido convidada para o simpósio: "É fácil tachar sem debater".

O neurologista Abram Topczewski, autor do livro "Dislexia: Como Lidar?" (Ed. All Print) também discorda do médico americano.

"Consideram que a dislexia não existe só porque acham isso, mas temos que nos basear nas evidências e não na ideologia."

Segundo Topczewski, já foram identificados locais nos cromossomos que podem ser marcadores genéticos do distúrbio.

"É algo que a pessoa irá carregar para o resto da vida", diz o neurologista.

EDUCAÇÃO

O debate sobre a dislexia esbarra em discussão semelhante à que envolve o transtorno de deficit de atenção e hiperatividade.

De acordo com os especialistas que criticam a suposta onda de superdiagnósticos, há uma tendência em atribuir à criança problemas que são da estrutura de ensino.

Segundo Wagner Ranña, do Hospital das Clínicas, por trás das dificuldades de aprendizado, há crianças provenientes de escolas ruins ou de famílias em que a leitura não é estimulada.

"Em 35 anos de carreira, nunca encontrei uma criança que eu pudesse diagnosticar como disléxica", conta.

Marilene Proença, presidente do Conselho Regional de Psicologia, concorda.

"Antes de nos perguntarmos por que a criança não aprende e encontrar nela o problema, temos que questionar que escola estamos oferecendo".